aprovaram no último dia 2, em assembléias no sindicato, o acordo negociado com a Fenaban na véspera. No caso do Banco do Brasil, a assembléia aprovou também o acordo específico; já na Nossa Caixa, a negociação específica ainda não começou. Na CEF, diante da falta de proposta, os empregados entraram em greve no último dia 3.
Na campanha deste ano os bancários conquistaram a 13ª cesta de alimentação, antiga reivindicação, reajuste de 6% (reposição integral da inflação mais aumento real 1,13%) e melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A 13ª cesta a partir de agora está incorporada no acordo coletivo e será depositada na folha de pagamento de novembro; o valor é de R$ 252,36. No que se refere à PLR, pode-se afirmar que houve avanço. Além dos 80% do salário mais valor fixo de R$ 878,00 – pode chegar a dois salários nos bancos que não atingirem os 5% do lucro na distribuição -, a parcela adicional aumentou para 20%. O que é equivalente ao crescimento dos lucros dos bancos no primeiro semestre deste ano.
Novidade – A campanha deste ano introduziu inovações. Vencida a etapa de preparação – congresso interestadual em maio e nacional no final de julho -, o Comando Nacional dos Bancários propôs aos bancos um novo formato de negociação: discussão da pauta por blocos de reivindicações até à exaustão. Na primeira rodada, realizada no dia 30 de agosto, ficou acertado a criação de programas para prevenção e combate ao assédio moral e tratamento de doenças do trabalho, entre outros pontos.
Ao começar o debate das cláusulas econômicas, os banqueiros ousaram enrolar. Inicialmente propuseram apenas a reposição da inflação. Diante da mobilização da categoria – em Campinas as paralisações tiveram início no dia 19 de setembro, envolvendo 12 agências – os bancos mudaram a proposta de reajuste. Os 4,82% viraram 5,2%. Os bancários não aceitaram e ampliaram a mobilização, com paralisações nos dias 26 e 28 de setembro. Em Campinas, nesses dois dias, pararam 63 agências. Sob pressão da categoria e com greve marcada para o dia 3 deste mês, os banqueiros desistiram da provocação e respeitaram a data-limite para melhorar a contraproposta. Na véspera da assembléia que deflagraria a greve no dia 3, os bancos mudaram o discurso e propuseram reajuste de 6%. Reunidos em assembléias em todo o país, a categoria avaliou que a mobilização atingiu seu objetivo e aprovou o acordo. Não contempla tudo o que foi reivindicado, porém reflete a força dos bancários neste ano.
Assinatura – O acordo coletivo 2007/2008 será assinado pelos sindicatos e Fenaban no dia 11 deste mês, quinta-feira. A antecipação da PLR será paga em até 10 dias após a assinatura. As diferenças salariais serão creditadas até novembro, retroativas à 1º de setembro.
08/10/2007
Aprovado acordo com Fenaban
Mobilização garante 13ª cesta,
melhor PLR e aumento real
O
privado, Nossa Caixa
Banco do Brasil
SEEB_Campinas – Um Sindicato de Luta