consórcio formado pelo Santander, Fortis e Royal Bank of Scotland (RBS) anunciaram no último dia 8 a compra de 86% das ações ordinárias (com direito a voto) do ABN Amro por 71 bilhões de euros. É a maior operação de compra ou fusão já realizada no sistema bancário mundial. Os três aliados querem desmontar o ABN e repartir seus ativos. O que resultará no fechamento de milhares de postos de trabalho no mundo. No ranking nacional, o Santander assume a terceira posição, atrás do Banco do Brasil e Bradesco.
Luta em Brasília
No final de setembro, em mais uma etapa da luta em defesa do emprego, as Comissões de Organização dos Empregados (COE) do Santander e ABN realizaram uma série de atividades em Brasília. Os diretores do nosso sindicato, Cristiano e Patrícia, participaram das jornadas de luta na capital do país como representantes da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul nas Comissões de Organização dos Empregados do Santander e ABN, respectivamente.
No dia 25 de setembro, no período da manhã, recepção dos deputados e senadores no aeroporto de Brasília, com abordagem e distribuição de folhetos; à tarde, 50 dirigentes sindicais visitaram em grupos os deputados federais. Na ocasião, entregaram documento sobre os reflexos da compra do ABN pelo Santander. No mesmo dia, reunião no Ministério do Trabalho com o secretário Nacional de Economia Solidária, Paul Singer. Na seqüência, os dirigentes se reuniram com o secretário de Relações do Trabalho e Emprego, Luis Antonio Medeiros. O secretário assumiu compromisso em intermediar uma solução favorável aos trabalhadores dos dois bancos.
16/10/2007
Sistema Financeiro
Santander compra ABN. Sindicatos exigem garantia de emprego
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Os diretores Cristiano e Patrícia durante audiência pública
no Congresso Nacional
No dia 26 de setembro, ato em frente ao Congresso Nacional, onde foram instalados varais com 19.000 fotos com a inscrição: “Demissão tem Cara”. Na quinta-feira 27, audiência pública na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, solicitada pelo deputado Daniel Almeida e presidida Nelson Marquezelli. O secretário de Relações do Trabalho, Luis Medeiros, representou o Ministério do Trabalho. Os representantes do Santander e ABN foram convidados, mas não compareceram. Alegaram que a compra ainda não havia sido efetivada. Após discussões, foi aprovada a criação de uma subcomissão para discutir soluções. Os trabalhadores participarão dos debates. Para encerrar a ‘maratona’ no Planalto Central, os dirigentes sindicais se reuniram com o ministro do Desenvolvimento da Indústria e Comércio, Miguel Jorge (ex-vice presidente do Santander), que se prontificou em intermediar uma reunião com o banco espanhol para debater a incorporação do ABN.
Avaliação – Com megaoperação efetivada, “agora a luta em defesa do emprego tem que ser mais intensa”, destacou Cristiano. “Lutaremos em todas as frentes. Vamos cobrar das autoridades medidas que preservem os postos de trabalho”, ressaltou a diretora Patrícia.
SEEB_Campinas – Um Sindicato de Luta