Em reunião com os representantes da diretoria de Relações Sindicais do ABN Real, Alberto e Fabiana, no último dia 27, o presidente do sindicato, Afonso Lopes da Silva, e a diretora Patrícia Delgado, apresentaram várias denúncias de abuso, desrespeito ao contrato de trabalho. Entre os problemas levantados, venda de produtos em faculdades fora do horário de trabalho, inclusive aos sábados; estagiários e atendentes fazendo papel de caixa ambulante nos auto-atendimentos; e prorrogação da jornada de trabalho. Os representantes do ABN reconheceram que parte dos problemas apontados existe, porém alegaram dificuldades em solucionar.
No caso das vendas em faculdades, os diretores do sindicato propuseram a criação de equipes específicas, com horário definido, pagamento das horas extras trabalhadas e supervisão desse trabalho atípico. O acompanhamento seria feito da seguinte forma: a agência protocolaria o pedido no sindicato informando o dia e horário das vendas e os nomes dos funcionários. O que permitiria o correto pagamento da jornada extra. O ABN assumiu compromisso em analisar as propostas.
Quanto ao papel desempenhado pelos atendentes e estagiários nos auto-atendimentos – fazer o troco para pagamentos de boletos – os representantes do banco disseram que é um antigo problema, mas acreditam que “ajuda os usuários e clientes”. Os diretores do sindicato manifestaram discordância com a posição do ABN. “É inaceitável esse procedimento. Na verdade, o ‘serviço’ oferecido é uma forma de impedir que o usuário entre na agência para efetuar seus pagamentos. O que é discriminação”, avalia a diretora Patrícia.