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s Lesões por Esforços Repetitivos (LER) atingem mais bancárias do que bancários, segundo pesquisa realizada pelo Departamento de Saúde do nosso sindicato. No período de seis anos, entre 2002 e 2008, foram abertas 394 CATs (Comunicação de Acidente de Trabalho); desse total, 69% (272) de bancárias com LER; 31% (122) de bancários. Se considerar apenas o gênero, as mulheres bancárias mantêm a dianteira: das 394 CATs, 66% foram abertas após reclamação de bancárias; 34% de bancários. Um dos fatores que explica o número elevado de bancárias adoecidas está na atual formação da categoria. Hoje, na base do sindicato, as bancárias ocupam cerca de 60% dos postos de trabalho.
A pesquisa mostra também que o principal motivo que levou a abertura das CATs são as LER (48%), seguido de assalto (24%), acidentes (16%), saúde mental (6%), trânsito (5%) e agressões (1%). No que se refere à função, a maioria das CATs foram abertas por bancários que estão na base da pirâmide: escriturários (57%); gerentes e chefes representam 23%. Em relação à faixa etária, 38% têm entre 40 e 49 anos de idade; 30%, entre 30 e 39 anos de idade; entre as faixas de 20 a 29 anos de idade e 50 ou mais anos de idade, o percentual é idêntico: 16%.
Elaborada com base nas CATs emitidas pelos bancos e pelo próprio sindicato, a pesquisa constata: 43% de novos casos; 57% de reabertura. “É preciso destacar, no entanto, que as 394 CATs não representam todos os casos. Nosso estudo teve como base as CATs informadas pelos bancos. Apesar de estar previsto no acordo coletivo e na legislação, uma parte dos bancos não comunica todos os casos ao sindicato. Entre esses bancos, está a Caixa Econômica Federal, que informa as CATs abertas em decorrência de assaltos, mas omite as relacionadas às doenças do trabalho (LER, depressão, etc.). Sem falar no Santander que reluta em abrir CAT”, avalia o diretor de Saúde do sindicato, Gustavo Moreno. Segundo ele, outro aspecto a considerar ainda é a subnotificação.
“A introdução do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário, em abril de 2007, reduziu as subnotificações (afastamento e concessão de auxílio doença para adoecidos no trabalho, quando o certo seria o pagamento do auxílio acidente de trabalho). Mas o problema ainda permanece. Inclusive o nosso sindicato tem orientado os bancários adoecidos a entrar com recurso junto ao INSS para pleitear a mudança de auxílio doença para auxílio acidente de trabalho (de B31 para B91). Caso o INSS negue o pedido, o sindicato ingressa ação na Justiça para garantir o direito ao benefício correto. E isso é fundamental para o trabalhador. Ao contrário do auxílio doença, o benefício acidente de trabalho assegura maior estabilidade no emprego e recolhimento do FGTS”, esclarece Gustavo.

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Saúde na Pauta