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A
ntes da crise financeira internacional, quando a economia brasileira respirava melhor, a cobrança pelo cumprimento das metas era intensa. Agora que os reflexos da crise batem em nossa porta, piorou a situação dentro dos bancos.
Hoje os possíveis compradores dos produtos estão mais retraídos, esperando dias melhores. Os bancos, no entanto, querem que os bancários lacem seus ‘clientes’, enfiem goela baixo todo tipo de produto ou serviço. E para que os bancários não “percam” o foco, os bancos utilizam todos os recursos para estimular, incentivar as vendas. A pressão, claro, é total, sem limites, sem descanso. Para ilustrar as vendas na crise, as reuniões virtuais. A cobrança é feita três vezes por dia por videoconferência: no início dos trabalhos, depois do almoço e antes do fechamento das agências. Um verdadeiro ‘Big Brother’. Sem considerar o trabalho normal, contratado, todos saem a campo desesperadamente. Essa cobrança incessante, inclusive via fone fixo e celular em qualquer horário, abate qualquer um. Em uma agência a gerente desatou a chorar após o cliente solicitar o fechamento de sua conta corrente e em todas ninguém aguenta mais, dentre vários abusos, a prorrogação da jornada, levar serviço para casa, e trabalhar em dobro dado a falta de funcionários. Para atingir o exigido, chega-se ao ponto de vender produtos para a própria família. É seguro de vida, previdência privada, titulo de capitalização; enfim, qualquer coisa que possa aumentar os lucros dos “coitados” banqueiros e o próprio salário. Isso mesmo, o salário. Aí reside a armadilha dos bancos, o torniquete chamado variável. O fixo é pouco, o complemento depende das metas. Resultado: a cada dia que passa mais bancários adoecem; é estresse, LER e depressão. A farmácia do sindicato é um bom termômetro; aumentou o consumo de antidepressivo.
Diante desse cenário, o que fazer? Na mesa de negociações com os bancos, os sindicatos têm cobrado regras para as metas, pois sem controle (como é hoje) acaba gerando a prática de assédio moral, que é ilegal e imoral. Aliás, esse é um caminho a ser trilhado com mais freqüência. Banco nenhum gosta de embate judicial, principalmente quando a questão (assédio moral) mancha sua imagem. Para que a atuação do sindicato seja eficaz, no entanto, é preciso que os bancários denunciem os típicos abusos.

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