Cristiane Perini Lucchesi, de São Paulo
08/04/2009 |
O total e fusões e aquisições anunciadas envolvendo empresas brasileiras nos primeiros três meses deste ano foi de US$ 12,7 bilhões, segundo a Thomson Reuters Markets. É uma queda de 53,7% na comparação com janeiro, fevereiro e março do ano passado. No mundo, a queda foi menor no mesmo período, de 29%.
“Deveremos ter uma retomada a partir do segundo trimestre e no final do ano a queda em relação a 2008 não deve passar 30%”, diz Luis Enrique Devis, responsável pela área de fusões e aquisições do Santander, o banco que saiu na frente no trimestre na área no Brasil nos rankings da Thomson Reuters Markets.
Devis informa que o banco participou recentemente de duas transações que lhe garantiram a dianteira: 1) assessorou a Termogás Participações no compra de três empresas do grupo Termonorte que eram da El Paso. O valor da transação foi de aproximadamente R$ 178 milhões.
O banco também foi o assessor financeiro do próprio Santander na aquisição feita pela instituição financeira de controle espanhol de 50% da Real Tokio Marine, por R$ 280 milhões.
Além disso, ainda neste ano, o banco foi responsável pela realização do laudo para a oferta pública de aquisição de ações (OPA) da Aracruz, no processo de compra feita pelo Grupo Votorantim da participação dos outros sócios.
Na América Latina, foi o americano Citigroup que conseguiu o primeiro lugar em fusões e aquisições nos três primeiros meses deste ano e a nível global o primeiro colocado foi o também americano Morgan Stanley.
O mercado de emissões de ações também continuou fraco em 2009, mas a primeira transação do ano foi realizada: a venda de ações da Redecard.
Com a transação, que totalizou US$ 1,9688 bilhão, o Unibanco, o Itaú e o Citigroup, que lideraram a venda, saíram na frente do ranking da Thomson Reuters.
Com essa única transação, no entanto, o primeiro trimestre deste ano ainda conseguiu ser mais forte do que o mesmo período no ano passado em captações de recursos por meio de ações no mercado no Brasil: o aumento foi de 143%, segundo a Thomson Reuters Markets. No mundo, a queda foi de 32% e o primeiro colocado no ranking foi o suíço UBS.
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Fonte: Valor Econômico