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erminou às 13h deste domingo (23/8) o 3º Congresso dos Bancários, Financiários e Cooperavitários de Campinas e Região, realizado no Recanto Campestre em Vinhedo. A tese Unidade na Luta, apresentada pela diretoria do sindicato, foi aprovada por ampla maioria. O 3º Congresso aprovou também três moções de repúdio ao golpe militar em Honduras, à intervenção norte-americana na Colômbia e ao assassinato de um camponês, ocorrido na semana passada no Rio Grande do Sul; e uma de apoio aos trabalhadores da empresa Flaskô, de Sumaré. O terceiro e último dia o Congresso começou às 9h30 com debate sobre a campanha salarial. A partir das 11h25, apresentação e defesa de teses. O 3º Congressou reuniu 128 delegados eleitos de Campinas e Região, mais a diretoria do sindicato.

Veja abaixo os pontos relacionados à ação do sindicato.
 


O presidente Jeferson defende Tese da Diretoria


 
AÇÃO SINDICAL – PROPOSTA AO CONGRESSO

Em virtude do contexto político e econômico, das várias transformações e das questões e desafios acima colocados, apontamos, a seguir, as principais bandeiras e propostas de atuação do Sindicato para os próximos anos.
Em primeiro lugar, destacamos as propostas de ações e posicionamento para o fortalecimento da atuação política do Sindicato na sociedade, como forma de intensificar as lutas e a viabilização dos projetos dos trabalhadores e do setor bancário, em particular. Para isso, compreende-se que é necessária a participação ativa da categoria na formulação e defesa de projetos políticos em prol dos bancários e de uma sociedade mais justa e democrática, inclusive, pelo acesso de dirigentes e bancários a cargos públicos, a conselhos municipais, a conselhos gestores de fundos de pensão, entre outros, a fim de encaminhar tais lutas e projetos dos trabalhadores.
I) AÇÕES GERAIS RELATIVAS À SOCIEDADE E ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS:
a)      Regulamentação do Art. 192 da Constituição, pela maior democratização do crédito, pela queda dos juros e spreads abusivos. A crise financeira internacional tem colocado a necessidade da existência agências regulatórias internacionais, e aponta como contrapartida nacional a regulamentação do Art. 192 da Constituição, do Sistema Financeiro, nos moldes de sua elaboração em 1988. Os princípios expostos na Carta Magna, da promoção do desenvolvimento equilibrado, do atendimento aos interesses da coletividade e a diretriz subjacente ao texto da função social do sistema financeiro (do crédito) – que foram contraditados pela EC 40/2003 – mostra qual é a organização que a Nação propõe para o sistema financeiro (exemplos da “arquitetura” do sistema são, o papel do banco central, das instituições nacionais e estrangeiras, o controle de taxas de juros, etc.). Sua regulamentação mostra-se fundamental para que o sistema financeiro, como um todo, cumpra realmente seu papel no financiamento do desenvolvimento nacional, fornecendo crédito de longo prazo para a sustentação das atividades econômicas;
b)      Pela rápida aprovação no Congresso Nacional, do Art. 158 da OIT, para por fim às demissões imotivadas. Assinada, pela segunda vez, pelo Presidente Lula, trata-se de uma medida de maior importância na proteção dos trabalhadores e da categoria, contras as demissões em massa que não estão vinculadas estritamente à sobrevivência das empresas.
c)      Luta por um sistema pleno de seguridade social, que garanta a proteção mínima dos trabalhadores e cidadãos contra os riscos sociais e do livre mercado. Por uma previdência pública e universal, com o fim do fator previdenciário e da Cobertura Previdenciária Estimada – COPES (data certa/ alta programada), pelo fortalecimento das políticas de seguro desemprego e de assistência social e pela plena efetividade das políticas do SUS;
d)      Luta permanente pela valorização do salário mínimo, em função de sua enorme importância na sustentação e elevação do padrão a renda da maioria dos trabalhadores do país e dos aposentados, pensionistas e outros beneficiários das políticas de seguridade social. È fundamental manter sua trajetória de crescimento, que também é fruto da luta histórica dos movimentos sindicais, ainda mais pelos efeitos positivos que a sua elevação gera sobre os salários de todas as categorias;
e)      Luta pela diminuição das jornadas de trabalho, sem a redução de salários e direitos, como forma de diminuir a exploração dos trabalhadores e aumentar a geração de empregos. Tal movimento, acompanhado da limitação de horas extras e da extinção do banco de horas, é um importante mecanismo de combate ao desemprego e aos problemas sociais e de saúde gerados por jornadas de trabalho longas e intensas.
Em segundo lugar, apresentamos ações em defesa dos interesses da categoria que devem se configurar de forma ampla e democrática, considerando a diversidade de interesses e situações, a pluralidade e, sobretudo, a possibilidade da unidade de ação sindical, postura que sempre defendemos junto as nossas instâncias de participação, a CONTRAF/CUT e FEEB- SP/MS:
II) AÇÕES RELATIVAS A DEFESA DOS INTERESSES DA CATEGORIA
a)      Aplicação e defesa das Resoluções aprovadas nos Congressos da CONTRAF/CUT e FEEB- SP/MS:
b)      Valorização da participação dos trabalhadores da categoria e aposentados, dando continuidade ao posicionamento democrático e pluralista do Sindicato, que reconhece e respeita as diferenças políticas, ideológicas e culturais da categoria;
c)      Centro de Aperfeiçoamento Profissional e Sindical. No exercício das diversas atividades do Sindicato, a implantação do Centro de Aperfeiçoamento Profissional e Sindical é uma ação que pode a vir representar um grande fortalecimento da entidade, pois tem condições de operar no campo das idéias contrapondo-se a lavagem cerebral que os trabalhadores são submetidos, além de garantir a formação e aprimoramento profissional dos bancários.
d)      Contratação total da remuneração e fim das metas abusivas. Com as mudanças constantes no processo de trabalho, a remuneração dos bancários passou a ser composta por duas partes: uma que representa uma parcela fixa e a outra, cuja importância é crescente, constituída de valor variável, que depende das metas que são propostas pelos bancos. Como tal remuneração variável é definida apenas pelos bancos, sem nenhuma negociação com o Sindicato, essa forma de pagamento tem obrigado os trabalhadores à extensas jornadas de trabalho, muito além das 6 horas que estão acordadas, sem considerar o “stress” a que os trabalhadores são submetidos. Além disso, as remunerações variáveis não são incorporadas ao valor das aposentadorias dos bancários. Portanto, defendemos a contratação total da remuneração e jornada de trabalho de 6 horas;
e)      Fim do assédio moral. A situação de intensificação do trabalho, pelo aumento de jornada e pelo estabelecimento de metas cada vez abusivas tem levado os bancários a relações pouco amistosas no local de trabalho, proporcionando, repetidas vezes, práticas humilhantes e discriminatórias, inclusive, com relação a bancários adoecidos. É preciso, portanto, fazer o combate permanente, a denúncia e campanhas de esclarecimentos sobre esta questão;
f)        Fim da discriminação e garantia de oportunidades. A discriminação é permanente em nossa sociedade, é parte da ignorância e do preconceito que perdura junto a nós, resultando, em diferenças de remuneração e no oferecimento de oportunidades desiguais. A luta contra a discriminação deve ser continua e para isso propomos a criação de fóruns que tenham como objetivo detectar sua forma de manifestação por banco, para o estabelecimento de políticas específicas que eliminem as formas de discriminação e permitam a promoção da igualdade de oportunidades;
g)      Valorização da saúde do trabalhador. A saúde do bancário é cada vez mais precarizada em decorrência das tarefas repetitivas impostas pela informática e pela busca incessante do aumento de produtividade, ou de outra forma do lucro, que leva os trabalhadores ao “stress”, à depressão, etc. A implantação de programas de prevenção, de reabilitação ocupacional e orientação à saúde devem ser buscados para que os trabalhadores bancários possam ter condições de vida mais saudáveis;
h)      Em função da particularidade das reivindicações da categoria, é necessário implementar a Organizações por Local de Trabalho, para garantir maior efetividade das ações. As comissões de empresa e os delegados sindicais são figuras muito importantes para o fortalecimento das lutas e mobilizações dos trabalhadores, a partir dos locais de trabalho, propiciando também uma aproximação maior com o Sindicato;
i)        Plano de Carreira, Cargos e Salários, construído com a participação do Sindicato e dos bancários e atingindo a todos os trabalhadores, para garantir o crescimento profissional dos trabalhadores com  regras claras e democráticas;
j)        Luta para ampliação da licença-maternidade, de quatro para seis meses, via incorporação na Convenção Coletiva;
k)      Luta pelo aumento da segurança do trabalho, com ampliação das ações preventivas e dos investimentos nas empresas e a retomada das reuniões da Comissão de Segurança Bancária.

Fotos: Júlio César Costa

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