Greve arranca aumento real, novo formato de PLR e conquistas sociais
Campanha vitoriosa
Campanha vitoriosa
A
greve deste ano quebrou a histórica intransigência dos bancos, representados pela Fenaban. Novamente ficou provado que, quem luta, conquista. Antes da forte mobilização, que atingiu todo o país, os bancos não aceitavam aumento real, apenas reposição da inflação, queriam mudar as regras da PLR, reduzir direitos sociais como o período de concessão do auxílio-creche, passando dos atuais 83 para 71 meses, e a ampliação da licença-maternidade para 180 dias, segundo eles, era problema do governo federal. A greve calou os banqueiros, impôs recuo.
O acordo assinado no dia 19 deste mês, com a Fenaban, garante aumento real de 1,5%, novo formato dePLR, manutenção do auxílio-creche, licença-maternidade de 180 dias, e isonomia de tratamento para casais homoafetivos. No que se refere à PLR, a greve manteve a distribuição de até 15% do lucro líquido de cada banco; antes queriam reduzir esse percentual para 5,5%. Sem falar que a luta arrancou avanço na parcela adicional da PLR. Os bancos propuseram 1,5% do lucro líquido com teto de R$ 1.500,00. A mobilização garantiu 2% do lucro líquido, distribuído linearmente entre todos os bancários, com limite de R$ 2.100,00. Garantiu também que o adicional será pago com crescimento do lucro ou não. E os dias parados serão compensados.
Caixa Federal – A luta durou mais tempo, mas também foi vitoriosa. Depois que os empregados consideraram insuficiente a proposta apresentada no dia 13 e a greve foi mantida, a Caixa Federal teve uma recaída autoritária, como em 2007, e apelou ao TST no dia 15. No dia seguinte, o tribunal negou liminar onde a Caixa Federal pretendia que fosse declarada a abusividade da greve.
Diante da audiência de conciliação marcada para o dia 21, o Comando insistiu na via do diálogo e na noite do dia 20 a Caixa Federal recuou como a Fenaban. Aceitou pagar abono linear de R$ 700,00 e contratar mais 5 mil novos empregados até dezembro do próximo ano; antes eram apenas 3 mil e sem prazo de contratação.