A estratégia do Comando Nacional dos Bancários adotada na negociação sobre Emprego, realizada hoje (8) à tarde em São Paulo, quebrou a linha de raciocínio da Fenaban. Diante da informação que os bancos geraram tão somente 9,048 postos de trabalho no primeiro semestre deste ano, segundo dados do Caged do Ministério do Trabalho e Emprego, levou os representantes da Fenaban a afirmar que a questão não é um problema vivido hoje, mas sim, nos anos 90 do século passado, numa referência ao outrora processo de reestruturação. O descontrole não parou aí. Frente ao dado que 18.261 bancários foram desligados no mesmo período e essa rotatividade provocou a redução da massa salarial e a remuneração média dos admitidos nos primeiros seis meses desse ano foi 38,04% inferior à dos desligados, a Fenaban afirmou que o emprego nunca esteve tão bem. E mais. Trata-se de uma questão de gestão”. Em resumo, os bancos não querem discutir o emprego, nem mesmo as garantias; inclusive a Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que estabelece proteção contra demissões imotivadas. No debate sobre o correspondente bancário, a Fenaban se limitou em abordar a questão do ponto de vista da nomenclatura. Ou seja, correspondente bancário não bancário. O tema volta à mesa nesta quinta-feira dia 9. O presidente do sindicato, Jeferson Boava, participou no período da manhã de reunião do Comando e acompanhou o primeiro dia da terceira rodada de negociação.
09/09/2010
Fenaban não quer discutir emprego com seriedade
Terceira rodada de negociação
Terceirização: O tema abriu a rodada de hoje. A Fenaban reafirmou sua concordância em construir uma alternativa que reverta os processo de terceirização em algumas áreas das empresas, já manifestada na mesa temática. Inclusive propôs que o debate seja retomado depois do encerramento do processo de negociação. Na última reunião da mesa temática, realizada no dia 27 de julho, discutiu-se que o processo de reversão terá início em apenas uma área, ainda a ser definida. Numa etapa posterior, empresas e trabalhadores avaliariam outros setores em que a terceirização poderia ser revista. O instrumento jurídico a ser utilizado na implantação, segundo a Fenaban, seria Acordo Coletivo por Adesão. Quer dizer, os bancos teriam a opção de não assinar o acordo e manter a terceirização.