A estratégia do Comando adotada no primeiro dia da terceira rodada, quando teve início a negociação sobre Emprego, quebrou a linha de raciocínio da Fenaban. Diante da informação que os bancos geraram tão somente 9,048 postos de trabalho no primeiro semestre deste ano, segundo dados do Caged do Ministério do Trabalho e Emprego, levou os representantes da Fenaban a afirmar que a questão não é um problema vivido hoje, mas sim, nos anos 90 do século passado, numa referência ao outrora processo de re-estruturação. E o descontrole não parou aí. Frente ao dado que 18.261 bancários foram desligados no mesmo período e essa rotatividade provocou a redução da massa salarial – a remuneração média dos admitidos nos primeiros seis meses desse ano foi 38,04% inferior à dos desligados -, a Fenaban afirmou que o emprego “nunca esteve tão bem”. E mais. Trata-se de uma “questão de gestão”. No debate sobre o correspondente bancário, a Fenaban se limitou em abordar a questão do ponto de vista da nomenclatura. Ou seja, correspondente “bancário” e “não bancário”.
Terceirização
A Fenaban reafirmou sua concordância em construir uma alternativa que reverta os processos de terceirização em algumas áreas das empresas, já manifestada na mesa temática. Inclusive propôs que o debate seja retomado depois do encerramento do processo de negociação.
Na última reunião da mesa temática, realizada no dia 27 de julho, discutiu-se que o processo de reversão terá início em apenas uma área, ainda a ser definida. Numa etapa posterior, empresas e trabalhadores avaliariam outros setores em que a terceirização poderia ser revista. O instrumento jurídico a ser utilizado na implantação, segundo a Fenaban, seria Acordo Coletivo por Adesão. Quer dizer, os bancos teriam a opção de não assinar o acordo e manter a terceirização.
O que foi negociado dia 9
Abono assiduidade
Os bancos negaram cinco ausências ao ano.
Juros menores
Negaram juros menores nas operações de cheque especial, empréstimos e cartão de crédito.
Mudanças tecnológicas
Não aceitam instalar uma Comissão sobre o tema.
Horário de atendimento
Negada a abertura no período das 9 às 17h, com criação de dois turnos, e novas contratações.
Controle das filas
Não discutem.
Funcionamento das agências
Bancos negam mais contratações para impedir sobrecarga de trabalho.
Acesso à informação
Não aceitam repassar aos sindicatos informações sobre a vida funcional do bancário; entre elas, jornada, emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho).
Papel do sistema financeiro
Ao final da rodada, o Comando cobrou mais uma vez da Fenaban a realização de um seminário sobre o papel do sistema financeiro nacional, envolvendo todos os segmentos da sociedade. O objetivo é estabelecer um sistema voltado ao desenvolvimento econômico-social do país.
Bancários reivindicam |
Emprego #Mais contratações #Ampliar a contratação de mulheres, negros e pessoas com deficiência, garantindo igualdade de oportunidades #Garantia de emprego #Qualificação e requalificação profissional Saúde do Trabalhador #Fim das metas abusivas #Combate ao assédio moral #Proteção contra os riscos de acidente de trabalho ou doença ocupacional #Programa de Reabilitação Profissional #Prevenção de adoecimento e promoção da saúde da mulher #Assistência médica, hospitalar, odontológica e medicamentosa Segurança Bancária #Assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos, sequestros ou extorsões #Ampliação dos equipamentos de prevenção #Adicional de risco de vida de 30% para agências, postos e tesouraria #Proibição de transporte de valores e guarda das chaves pelos bancários #Estabilidade provisória para vitimas de assaltos, sequestros e extorsões |