O debate sobre a reversão do processo de terceirização dos call centers avançou na segunda reunião da mesa temática de Terceirização, que reuniu sindicatos e Fenaban no último dia 9. Definiu-se os princípios e parâmetros da internalização da área de call center, escolhida na primeira reunião da mesa, realizada no dia 31 de março, como primeiro tema dos debates. O presidente do Sindicato, Jeferson Boava, participou da mesa como representante da Federação dos Bancários de SP e MS.
No início do debate, os sindicatos cobraram dos bancos a definição do conceito de call center. O pedido procede porque na primeira reunião da mesa a Fenaban destacou a internalização de “atividades de call center em que os trabalhadores tenham acesso a dados de correntistas e movimentação de contas correntes”. Para o presidente Jeferson, “o esclarecimento se fez necessário, pois não ficou claro se a definição dada pela Fenaban envolve toda a área de call center ou tão somente alguns serviços”.
A Fenaban reafirmou que no debate entre os bancos a natureza da atividade é o ponto definidor para a decisão de reverter ou não a terceirização. Assim, no entender das instituições financeiras, serão discutidas as atividades nas quais o trabalhador tenha acesso aos dados de clientes ou realize transações que causem impacto nas contas correntes. No entanto, a Fenaban reconheceu a necessidade de refazer o debate sobre as especificidades junto aos bancos. O debate na mesa temática prosseguiu em torno da importância de se unificar as terminologias utilizadas em cada instituição.
Acordos
Os sindicatos apresentaram as condições gerais dos acordos já firmados com alguns bancos, que tratam da reversão da terceirização nas áreas de call center. Segundo informações sistematizadas durante reunião dos dirigentes sindicais realizada no mesmo dia, na sede da Contraf-CUT, em todas as situações houve reversão da terceirização e incorporação dos trabalhadores à categoria bancária, assegurando-se a aplicação da Convenção Coletiva Nacional (CCT) dos bancários. Houve, de forma geral, contratação específica no tocante ao trabalho nos finais de semana, uma vez que o setor de call center funciona 24 horas. A terceira reunião da mesa deverá ser realizada no dia 7 de junho. Fonte: Contraf-CUT
17/05/2011
Debate sobre call center avança
Terceirização