Na terceira rodada de negociação com o Comando dos Bancários, realizada hoje (13) em São Paulo, a Caixa Federal não mostrou disposição em negociar com seriedade temas como isonomia, carreira e jornada. No que se refere à isonomia, foi taxativa: igualdade de direitos só se a legislação mudar. Inclusive será realizado neste dia 20, em Brasília, Encontro Nacional sobre Isonomia, em cumprimento à deliberação do 27º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef).
Para o diretor Gabriel Musso, que representou a Federação dos Bancários de SP e MS na mesa, “a Caixa Federal não manifestou vontade política em avançar nas negociações. Sinalizou, na verdade, que aposta no enfrentamento. É hora de ampliar a mobilização dos empregados”.
Confira os principais pontos debatidos:
Jornada – O Comando cobrou jornada de 6h para todos e solução para a 7ª e 8ª horas. A Caixa ficou muda.
Ponto – A Caixa Federal não aceita o registro obrigatório da jornada de todos os empregados.
PSI – Aceita discutir exaustivamente o PSI. Desde que seja em mesa permanente. O Comando reivindicou critérios objetivos e transparência.
Perda de função – A Caixa Federal informou que estuda critérios para a destituição de função.
Cursos – O Comando reivindicou que os cursos da Universidade Caixa sejam realizados dentro do horário de trabalho.
Contratação – A Caixa Federal informou que está contratando. Inclusive já solicitou ampliação do limite ao Ministério da Fazenda.
O Comando cobrou ainda o pagamento do valor de R$ 39,00 – concedido aos empregados do PCS 2008, no ano passado – para todos. “Caso contrário, configura-se nova discriminação”, avalia o diretor Gabriel Musso.