Começou mal o processo de negociação da Campanha Nacional. Na pauta da primeira rodada, realizada no último dia 7, um ponto chave: emprego. Para a Fenaban, no entanto, que tentou se travestir de representante da categoria, os bancários não estão preocupados com a questão. “Quem não está preocupado com o emprego é a própria Fenaban. Afinal, o saldo na geração de emprego é negativo. No primeiro semestre deste ano os bancos criaram tão somente 2.350 postos de trabalho, um recuo de 80,40% em comparação a igual período de 2011, quando foram geradas no setor 11.978 postos de trabalho”, analisa o presidente do Sindicato, Jeferson Boava, com base na 14ª edição da Pesquisa de Emprego Bancário, realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), elaborada a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego e divulgada no último dia 6.
Para o presidente do Sindicato, integrante do Comando Nacional que negocia com a Fenaban, os bancos não mostraram nenhuma disposição para negociar. “Negar o debate é pura provocação, pois o sistema permanece sólido. O Bradesco, junto com o Itaú e Santander, por exemplo, lucrou R$ 16 bilhões no primeiro semestre deste ano”.
No que se refere ao correspondente bancário, a Fenaban se limitou em dizer na mesa que o assunto não é da alçada dos bancos. Sem falar que negou reduzir tarifas, taxas e juros para os funcionários. Quanto à jornada, a proposta dos bancos é ampliar e não respeitar as 6h.
14/08/2012
Fenaban não quer discutir emprego
Primeira Rodada