Em protesto contra a onda de demissões, deflagrada pelo Santander no último dia 3, os funcionários lotados nas agências instaladas na Unicamp (Reitoria, HC, Ciclo Básico e Reitoria/Real), em Campinas, paralisam os serviços hoje (05/12) até às 13h. Ontem (04/12), primeiro dia de protesto, o Sindicato coordenou paralisação nas unidades SPI Sul (superintendência regional) e agência Barão de Itapura. Durante o protesto os diretores do Sindicato distribuem carta-aberta aos clientes, usuários e funcionários, intitulada “Santander promove demissões em massa em todo o país”.
O processo de demissões, segundo a Contraf-CUT, pode culminar com o fechamento de cinco mil postos de trabalho; em Campinas, até o momento, foram demitidos 22 trabalhadores bancários. “O critério adotado pelo Banco espanhol é ‘tempo de casa’ e, consequentemente, salário maior. Da noite para o dia, o Santander anula a vida profissional de milhares de bancários. Um duro golpe sobre aqueles que dedicaram 20, 30 anos de suas vidas à instituição financeira”, destaca a carta-aberta (veja abaixo).
Para a diretora do Sindicato, Stela, a medida do Santander é inaceitável. “Nos nove primeiros meses deste ano o lucro foi de R$ 5,694 bilhões; o que representa 26% do resultado global do grupo espanhol”. Segundo ela, a mobilização nacional visa imediata abertura de negociação e suspensão do fechamento de postos de trabalho.
Carta-aberta
Santander promove demissões em massa em todo o país
O Santander Brasil deflagrou no início desta semana, mais especificamente, na segunda-feira, dia 3 de dezembro, um amplo processo de demissões em todas as unidades instaladas no país, que pode culminar com o fechamento de cinco mil postos de trabalho; em Campinas, até o momento, foram demitidos 22 trabalhadores bancários. O critério adotado pelo Banco espanhol é ‘tempo de casa’ e, consequentemente, salário maior. Da noite para o dia, o Santander anula a vida profissional de milhares de bancários. Um duro golpe sobre aqueles que dedicaram 20, 30 anos de suas vidas à instituição financeira.
Uma medida inaceitável que em nada contribui para o desenvolvimento do país. País esse que representa 26% no resultado global do grupo Santander. Somente nos nove primeiro meses deste ano, o lucro do Banco espanhol em terras brasileiras foi de R$ 5,694 bilhões.
O movimento sindical bancário, em todo o país, protesta contra essa insensível decisão do Santander. Em várias unidades os sindicatos coordenam paralisações parciais ou durante todo o dia. Além de denunciar a insensata medida, os sindicatos buscam a imediata abertura de negociação, visando suspender a avassaladora onda de demissões.
Fechar postos de trabalho representa um verdadeiro retrocesso, não apostar no país. Sem falar que é um claro desrespeito também aos clientes. Afinal, a falta de funcionários significa piora no atendimento. Contamos com seu apoio e compreensão.
Campinas, 5 de Dezembro de 2012
Acima agência Reitoria Real, abaixo HC
Fotos: Kamá Ribeiro