A agência Centro do Santander em Campinas e os departamentos instalados no prédio paralisam os serviços hoje (06/12) durante todo o dia, em protesto contra as recentes demissões. A paralisação, que atinge várias unidades no país, começou em Campinas na última terça-feira, dia 4, na SPI Sul e agência Barão de Itapura, que fecharam até às 12h. Ontem, dia 5, a paralisação envolveu as unidades instaladas na Unicamp (Reitoria, HC, Ciclo Básico e Reitoria/Real), fechadas até às 13h. A paralisação de hoje envolve mais de 200 funcionários da agência e dos departamentos Corporate, Câmbio, Mesa de Câmbio, Comex, Consignado, Governos, Universidades, Mesa de Ações e Risco de Crédito.
Mobilização em todas as frentes
A mobilização nacional tem como objetivo pressionar o Banco espanhol a abrir negociação, visando suspender as demissões que, segundo informações extraoficiais, podem atingir cinco mil bancários. O Santander até o momento não se posicionou. Porém, as entidades sindicais não se limitaram apenas em fechar agências. Além dessa pressão direta, em Campinas o Sindicato ingressou ontem (05/12) pedido de mediação e instauração de inquérito civil público no Ministério Público do Trabalho da 15ª Região, com o objetivo de impedir as demissões; na base do Sindicato, até o momento, foram fechados 27 postos de trabalho. Caso a mediação não atinja o resultado esperado, o Sindicato solicita que o MPT averigue a “prática de dispensas discriminatórias por motivo de idade”, que tem a finalidade de ingresso posterior de ação civil pública.
Audiência de conciliação hoje
Hoje a tarde, às 15h, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região realiza audiência de conciliação, pedida pelo Sindicato da capital. A Contraf-CUT enviou cartas ao presidente do Santander, Murilo Portugal, solicitando reunião, e ao ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, onde pede “adoção de medidas no âmbito do governo federal para estabelecer um diálogo social com o Santander…”.