A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, reunida ontem (11/12) em São Paulo, decidiu intensificar a mobilização nacional contra as demissões. Além de paralisações, carta aberta aos clientes e denúncias no Ministério Público do Trabalho e Delegacia Regional do Trabalho (DRT), os sindicatos devem procurar apoio de vereadores e parlamentares (estaduais e federais), visando a aprovação de moção de repúdio às demissões promovidas pelo banco espanhol no início deste mês.
Santander nega demissões
Em audiência no Ministério Público do Trabalho da 15ª Região (MPT), realizada ontem (11/12) a pedido do Sindicato, o Santander negou as demissões. Segundo o Banco, as demissões ocorridas na semana passada – em Campinas, até o momento, 30 bancários foram despedidos – configura tão somente “rotatividade normal” e foram promovidas pelos seus cinco mil gestores. O Santander destacou que “não tem controle sobre as ações dos gestores” e, consequentemente, não pode suspender as demissões (‘localizadas’) e nem construir uma solução com os representantes dos trabalhadores. “É pura provocação, desrespeito. Atribuir a nociva medida aos gestores é não assumir responsabilidades. Afinal, demissões em massa não são decididas por gestores, mas, sim, pela diretoria, por quem comanda a instituição”, frisa a diretora do Sindicato, Ana Stela.
TRT mantém liminar: demissão suspensa
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região manteve a liminar que suspende as demissões sem justa causa feitas pelo Santander na base territorial do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região no mês de dezembro. A decisão saiu de audiência realizada ontem (11/12), na capital paulista.
A liminar, requerida pelo Sindicato, foi deferida pela desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, do mesmo TRT, na última quinta-feira (6). Caso a direção do Santander desobedeça terá de pagar multa diária de R$ 100 mil.
Para a magistrada, o banco espanhol deveria respeitar os trabalhadores brasileiros assim como respeitam os da Espanha, país de origem da empresa. Os trabalhadores brasileiros não podem ser tratados como se fossem de segunda categoria.
Fonte: SEEB CPS com Contraf-CUT