Pesquisa nacional mostra que 57 pessoas foram assassinadas em assaltos envolvendo bancos em 2012, uma média de quase cinco vítimas fatais por mês, o que representa aumentos de 16,3% em relação a 2011, quando foram registradas 49 mortes, e de 147,8% em comparação com 2010, quando ocorreram 23 mortes.
O levantamento foi realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com base em notícias da imprensa e apoio técnico do Dieese. A pesquisa, vale observar, teve grande repercussão em jornais, rádios, TVs, sites e blogs.
Dados: São Paulo (15), Bahia (8), Rio de Janeiro (7), Ceará (4), Paraná (4), Alagoas (3) e Rio Grande do Sul (3) foram os estados com o maior número de casos. A principal ocorrência (53%) foi o crime de “saidinha de banco”, que provocou 30 mortes. Já a maioria das vítimas (58%) foram clientes (33), seguido de vigilantes (9) e policiais (6). Dois bancários também foram mortos.
Bancos não investem
Para a Contraf-CUT e a CNTV, essas mortes mostram, sobretudo, a insuficiência de investimentos dos bancos para melhorar a segurança. Segundo dados do Dieese, os cinco maiores bancos (Itaú, BB, Bradesco, Caixa e Santander) apresentaram lucros de R$ 35,8 bilhões de janeiro a setembro de 2012. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 2,2 bilhões, o que significa 6,03%, em média, na comparação com os lucros. “O descaso dos Bancos é visível. Inclusive o Comando Nacional dos Bancários apresentou um conjunto de propostas à Fenaban, durante reunião sobre projeto-piloto denominado Programa de Melhorias de Segurança no Recife, realizada no dia 7 de novembro último. Cabe destacar, uma conquista da Campanha de 2012 que deve ser concretizada. E mais: é preciso garantir que a experiência de Recife seja aplicada em todo o país”, frisa o diretor do Sindicato, Danilo Anderson.
04/02/2013
Pesquisa aponta 57 mortes em assaltos a bancos no país, em 2012
Segurança