Reunidos com o HSBC ontem (19/02), em São Paulo, os sindicatos criticaram as medidas unilaterais adotadas pelo Banco, principalmente em relação ao Plano de Saúde, ao Programa de Participação nos Resultados (PPR) e à implementação da Previdência Complementar, elaborada sem a participação dos representantes dos trabalhadores e que exclui a maior parte dos funcionários. Os representantes do Banco reconheceram a necessidade de um processo negocial mais efetivo. Entre os representantes do HSBC estiveram o seu presidente, André Brandão, e o diretor de Recursos Humanos para América Latina, João Rached.
PLR sem desconto
O HSBC anunciou que vai pagar integralmente a PLR, regra básica mais adicional no valor próximo ao pago na primeira parcela, cerca de R$ 600,00. O pagamento será creditado no dia 27 deste mês de fevereiro. “O valor exato, porém, depende do fechamento do balanço do Banco, que será publicado até início de março”, alerta Carlos Alberto Kanak, coordenador nacional da COE do HSBC.
Com essa decisão, o Banco confirmou que o pagamento do programa próprio de remuneração (PPR Vendas/PPR Atendimento) será feito sem o desconto na PLR. O valor, no entanto, terá redução de 15 a 20%, comparativamente ao ano passado, em razão de não ter atingido o fator de cumprimento dos 100% da performance coletiva e pela alta das PDD (Provisões para Devedores Duvidosos), que somente no primeiro semestre de 2012 foi três vezes maior do lucro líquido.
Descaso com a Saúde
O Banco fez alterações unilaterais no plano de saúde, em janeiro último, prejudiciais aos funcionários, retirando direitos do pessoal da ativa e dos aposentados. “Além dos reajustes que encarecem o custo dos trabalhadores, o Banco está criando uma nova divisão entre os bancários: os que são beneficiados pela Lei Federal nº 9.656/98 e têm direito a manutenção do plano de saúde (seis meses a dois anos) por contribuírem mensalmente e os que não terão a chance de contribuir e, por isso, não poderão usufruir da manutenção para além do que determina a Convenção Coletiva de Trabalho (máximo de 270 dias)”, alerta Alan Patrício, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT. Durante a reunião, os representantes do Banco apresentaram as mudanças feitas no plano em detalhes. A proposta dos sindicatos é a suspensão das mudanças e o início do processo de negociação. O HSBC vai avaliar. Na primeira quinzena de março será realizada nova reunião.
Fonte: Contraf-CUT