Ao completar duas semanas, a greve deflagrada no último dia 19 fechou hoje (27) 10.633 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e no Distrito Federal, segundo balanço divulgado pela Contraf-CUT; no primeiro dia (19) a greve fechou 6.145 locais de trabalho no país.
Em carta enviada nesta sexta-feira (27) ao presidente da Fenaban, Murilo Portugal, o Comando Nacional dos Bancários “reafirmou a rejeição do reajuste de 6,1%, apresentado no dia 5 de setembro, e a disposição para negociar uma proposta que atenda às reivindicações econômicas e sociais dos bancários”. O envio da carta foi definido pelo Comando Nacional, reunido na quinta-feira 26, após avaliação da primeira semana da greve da categoria. Foi decidido ampliar e fortalecer a greve nacional e reafirmado que a greve é de responsabilidade dos presidentes da Fenaban (Murilo Portugal), do Itaú (Roberto Setúbal), do Bradesco (Luiz Carlos Trabuco), do Banco do Brasil (Aldemir Bendine), da Caixa Econômica Federal (Jorge Hereda), do Santander (Jesús Zabalza) e do HSBC (André Brandão) por fecharem o processo de negociação ao ignorarem a pauta de reivindicações dos trabalhadores.
Quadro da greve: locais de trabalho fechados
Dia
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No país
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Região de Campinas
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1ª dia:19/09
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6.145
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142
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2º dia: 20/09
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7.282
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158
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5º dia: 23/09
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9.015
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165
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6º dia: 24/09
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9.665
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185
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7º dia: 25/09
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10.024
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200
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8º dia: 26/09
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10.586
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217
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9º dia: 27/09
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10.633
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234
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Reivindicações dos bancários
– Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%)
– PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
– Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
– Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
– Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
– Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
– Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
– Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
– Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
– Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.