Reunidos após a rodada de negociação com o Banco do Brasil, ontem (29) em Brasília, os sindicatos decidiram encaminhar ofício ao Banco, via Contraf-CUT, reivindicando a imediata suspensão do processo de reestruturação na diretoria Corporate Bank (Dicor), que envolve as Gerências Regionais de Apoio ao Comércio Exterior (Gecex) e os Centros de Suporte do Atacado (CSA). Para os sindicatos faltam garantias aos funcionários e o momento é de transição no Banco, conforme tem noticiado a Imprensa.
Na abertura da rodada, os sindicatos repudiaram a atitude do BB em marcar negociação com os representantes dos bancários e, ao mesmo tempo, comunicar o processo de reestruturação nos locais de trabalho. Mas, diante da falta de algumas informações, a rodada foi interrompida a pedido dos sindicatos.
Logo após a suspensão da rodada, os representantes do BB informaram que haverá centralização de processos operacionais nas cidades de Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo. O que vai resultar em fechamento das unidades da Gecex em Fortaleza, Vitória, Blumenau e Caxias do Sul; nas demais Gecex, a área negocial ficará vinculada ao prefixo centralizador.
E mais: haverá redução total de 50 vagas nos prefixos de CSA e de 90 vagas nas Gecex; e criação de novas dotações nas Gecex localizadas em São Paulo (220 vagas), Curitiba (120 vagas) e BH (90 vagas). O processo de centralização vai cortar vagas nas Gecex das seguintes cidades: Campinas (33), Brasília (19), Porto Alegre (37), Rio de Janeiro (30), Blumenau (37), Ribeirão Preto (3), Caxias do Sul (20), Salvador (1), Recife (12), Fortaleza (9) e Vitória (13). Segundo o BB, a reestruturação deve ser concluída até março de 2015; algumas áreas serão afetadas em janeiro do próximo ano.
Garantir direitos
Os sindicatos cobraram a quantidade de cargos afetados em cada localidade e as respostas sobre a obrigação de migração para o novo plano de funções. Os sindicatos reivindicaram ainda o cumprimento do acordo, assegurando que nenhum funcionário seja obrigado a migrar para o novo plano com perda de salários.
Para o presidente do Sindicato, Jeferson Boava, que participou da rodada de negociação, qualquer mudança requer debate, discussão entre o Banco e os representantes dos funcionários. “É inaceitável essa postura do BB em abrir negociação e, concomitantemente, colocar em prática o processo de reestruturação. Frente ao quadro estabelecido, o Sindicato de Campinas reivindicou o pagamento de transporte para os funcionários da Gecex, que eventualmente sejam realocados em unidades em São Paulo”.
Fotos: Augusto Coelho