Para o presidente do Sindicato, Jeferson Boava, depois de um amplo processo de construção da pauta geral da categoria e das específicas dos Bancos públicos, a Campanha entra em nova fase. “A Campanha acontece dentro de uma conjuntura política aguda, grave e uma economia sem sinais de crescimento, com desemprego. A exceção é o setor financeiro, onde a lucratividade está em alta. Para assegurar e ampliar os direitos, garantir o poder de compra dos salários, a participação nos ganhos e melhores condições de trabalho, será decisivo o envolvimento da categoria. O Sindicato estará na mesa de negociação, como integrante do Comando, e nos locais de trabalho debatendo com os bancários. Com luta será possível avançar nas conquistas”.
Calendário de negociação
19 de agosto: Emprego
2 e 3 de setembro: Saúde e Condições de Trabalho
9 de setembro: Igualdade de Oportunidades e de Tratamento
16 de setembro: Remuneração
Fotos: Júlio César Costa
12/08/2015
Comando e Fenaban negociam pauta dia 19
Na pauta, Emprego
O Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban iniciam no dia 19 deste mês de agosto, em São Paulo, o processo de negociação da pauta de reivindicações da Campanha 2015. O calendário de rodadas foi definido hoje (11), durante a entrega da pauta, referendada ontem (10) em assembleia com bancários da base do Sindicato. A exemplo de anos anteriores, o processo de negociação foi dividido em quatro grandes blocos; na primeira rodada, Emprego. O Comando entregou hoje também as pautas específicas do Banco do Brasil e da Caixa Federal, aprovadas no 26º Congresso Nacional e 31º Conecef, respectivamente, realizados entre os dias 12 e 14 de junho, em São Paulo. Cabe destacar que a Campanha é unificada, com mesa única, concomitante com mesas específicas com os Bancos públicos.
Aprovada na 17ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada entre os dias 31 de julho e 2 de agosto, a pauta contempla as seguintes reivindicações prioritárias: reajuste de 16% (inflação no período de setembro de 2014 a agosto de 2015, mais aumento real), garantia de emprego, PLR de três salários mais valor fixo de R$ 7.196,84, valorização do piso (dois salários mínimos do Dieese; R$ 3.299,66), fim das metas abusivas e da terceirização.
E mais: fim das demissões; mais contratações; fim da rotatividade; combate à terceirização imposta pelo Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30/2015, que tem como origem o PL 4330/2004; ratificação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que proíbe a demissão imotivada; contratação total da remuneração variável; combate ao assédio moral (manutenção do acordo sobre o Programa de Prevenção dos Conflitos no Ambiente de Trabalho); e igualdade de oportunidade (fim às discriminações salariais e profissionais de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência/PDC).
Protocolo de Venda
Instrumento de combate às metas abusivas, o Protocolo de Venda Responsável com Condições de Trabalho, proposto pelo Sindicato na Conferência Interestadual de Itanhaém, realizada nos dias 2 e 3 de julho, por decisão da 17ª Conferência Nacional, foi remetido ao Comando Nacional, como estratégia de luta.