A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) reivindicou melhores condições de trabalho para os empregados durante e pós pandemia do novo coronavírus, na segunda rodada de negociação para renovar o aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), realizada nesta quarta-feira (12 de agosto), por videoconferência.
Na pauta da rodada sobre saúde e segurança, discutiu-se o aperfeiçoamento dos protocolos sobre Covid-19, a higienização das unidades, o fortalecimento dos fóruns sobre condições de trabalho, o teletrabalho (home office) para os casos de país com filhos menores de idade, os descomissionamento arbitrários, as metas abusivas de vendas, as medidas para PCDs e mais contratações.
Na abertura da rodada, a CEE/Caixa protestou contra a Medida Provisória (MP) 995/2020, que permite a abertura de capital de subsidiárias; entre elas, a de seguro e cartões. Clique aqui
Rodízio: A CEE/Caixa cobrou o cumprimento do rodízio das agências, essencial para reduzir a sobrecarga de trabalho, e retorno das agências ao horário normal. E mais: aplicação do aditivo à CCT no que se refere ao pagamento de horas extras para quem está lotado em unidade com até 20 empregados; neste caso, não existe a compensação.
Teletrabalho: Segundo a Caixa Federal, mais de 35 mil empregados estão em home office. A comissão dos empregados solicitou a ampliação desse quadro, bem como clareza na definição de diretrizes pelas VPs, uma vez que essa falta de padronização tem gerado estresse entre os empregados e conflitos com gestores, que precisam comandar o retorno sem ter a formalização e diferenças entre unidades. A CEE/Caixa cobrou também que o retorno ao trabalho presencial seja negociado com os sindicatos.
Agências pequenas: Após reivindicação, a Caixa Federal assumiu compromisso em rever a questão.
Hora extra: Os representantes do banco estatal disseram ainda que não existe limitador para o pagamento.
Fóruns: A Caixa Federal propôs que os fóruns e grupos de trabalho sejam revistos e alguns GTs, encerrados. A CEE/Caixa destacou a importância dos espaços para debates, mas observou que ajustes podem ser avaliados.
Negociações: A ausência de negociações durante a pandemia também foi discutida. Muitas decisões foram tomadas pela Caixa Federal, porém sem discussão com os representantes dos empregados.
Para o diretor do Sindicato, Carlos Augusto Silva (Pipoca), que participou da segunda rodada de negociação, “é importante que as decisões da Caixa Federa tenham, desde o primeiro momento, o olhar dos empregados. Esse fato é bastante exaltado na mesa de negociação por ambas as partes e precisa ser posto em prática. A pandemia trouxe novos desafios e não é possível, por exemplo, impor que uma agência não tenha filas e, ao mesmo tempo, pratique o distanciamento social.”
Saúde Caixa: A CEE/Caixa cobrou uma mesa de negociação específica sobre o Saúde Caixa. Entre outras propostas, inclusão de todos os empregados, bem como a manutenção do atual custeio. A Caixa Federal ainda não decidiu quando será a reivindicada reunião.
Terceira rodada: Dia 17 de agosto; na pauta, igualdade e cláusulas sociais.