No citado encontro realizada no dia 3 deste mês de setembro, as entidades representativas (Contraf-CUT, ANABB, AAFBB, Contec e FAABB) propuseram mais reuniões periódicas para apresentar demandas e discutir temas de interesses dos associados. O objetivo é abrir um canal de comunicação mais direto e frequente da mesa de negociação e a Cassi, além das reuniões que já ocorrem para prestação de contas e apresentação de resultados.
Contas: A diretoria da Cassi apresentou o resultado do trimestre deste ano (abril, maio e junho) e a evolução do novo modelo de custeio. Atualmente, são 638.683 mil participantes, divididos em dois planos: associados (484.408) e o Cassi Família (286.501). A Caixa de Assistência obteve resultado positivo de R$ 771 milhões. A pandemia do novo coronavírus gerou redução de exames, que refletiu nos números. Segundo a Cassi, o resultado de julho, que ainda não está fechado, já mostra um possível retorno aos procedimentos eletivos.
Com o novo modelo de custeio, a margem de solvência está acima dos índices mínimos exigidos pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) com resultado positivo de R$ 671 milhões; e ocorreu evolução de reservas. A Caixa destacou que ocorreu também aumento da inadimplência do Cassi Família. Em relação à Covid-19, exames e internações geraram despesas de aproximadamente R$ 265 milhões.
GDI: A Cassi informou que o Grupo de Dependentes Indiretos (GDI) está hoje com 2.001 associados. No primeiro semestre de 2019, houve gastos de R$ 11,4 milhões. E, no primeiro semestre de 2020, os gastos foram de R$ 5,1 milhões – queda de 55% das despesas no comparativo entre os dois períodos. A Caixa informou que os recursos são mais que suficientes para cobrir essa população e gerar ganho em termos de capital – esse foi o argumento defendido durante a aprovação do novo modelo de custeio.
Vale lembrar que, de acordo com a proposta de sustentabilidade, os R$ 450 milhões que foram destinados à Cassi para administração do GDI começaram a ser utilizados em fevereiro de 2020.
Coparticipação: As entidades representativas continuam cobrando o retorno da coparticipação aos patamares de 2018, conforme compromisso assumido pela Cassi, durante as negociações realizadas em novembro de 2019.
PAF: O Programa de Assistência Farmacêutica (PAF) é outro ponto importante. A ANABB já solicitou reavaliação. Desde que a Cassi promoveu a redefinição da Limaca, muitos associados estão sendo penalizados, pois tiveram a interrupção no fornecimento de medicamentos. A ANABB identificou que quase dois mil medicamentos foram retirados da lista. Vale lembrar que, em janeiro de 2020, a ANABB encaminhou carta à Cassi chamando a atenção sobre a redefinição da Limaca; sem resposta até o momento.
Incorporados: As entidades representativas querem esclarecimentos sobre o compromisso estabelecido durante a proposta de sustentabilidade, referente a abertura do Plano de Associados aos novos funcionários admitidos a partir de 1º de janeiro de 2018, com a possibilidade de permanência na Cassi durante a aposentadoria com pagamento das contribuições em autopatrocínio.
Fonte: Contraf-CUT