O Encontro Nacional dos Funcionários do Mercantil do Brasil (BMB), realizado nesta quarta-feira (4 de agosto) aprovou a pauta de reivindicações específicas; entre elas, instalação de protetores de acrílico nas mesas de atendimento, visando impedir a disseminação da Covid-19, valorização das bancárias na carreira profissional, manutenção do emprego e pagamento mínimo do programa próprio de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Organizado pela Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pela Comissão de Organização dos Empregados (COE), o Encontro virtual contou com a participação de três delegados de sindicatos filiados à Federação dos Bancários de SP e MS; entre eles, a diretora do Sindicato Maria Aparecida da Silva (Cida).
Lucro: Na abertura do Encontro, a economista do Departamento Intersindical de Estatística de Estudos Socioeconômicos (Dieese), Vivian Machado, analisou o balanço do primeiro trimestre deste ano. O BMB registrou lucro líquido de R$ 51,241 milhões, um crescimento de 9,2% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Gênero: A economista do Dieese destacou que o Mercantil do Brasil contratou mais homens do que mulheres em 2020. Foram 401 admissões de bancários e 320 de bancárias, números que minimizam a participação feminina no quadro de funcionários.
Avaliação: Para a diretora Cida, o Encontro definiu uma pauta unificada, que é possível ser atendida pelo BMB. “Existem condições financeiras para contemplar os anseios dos funcionários. E no que se refere à Covid-19, é fundamental acompanhar de perto o retorno dos afastados ao trabalho presencial”.
Pauta aprovada
- Testagem, quinzenal, de Covid-19 em todas as agências.
- Exigência de emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) pelo próprio banco, nos casos de infecção por Covid-19.
- Valorização das bancárias na carreira profissional.
- Manutenção do emprego; fim das demissões e da rotatividade.
- Contratação de mais funcionários por agência.
- Pagamento mínimo do programa próprio de PLR.
- Fim do assédio moral.
- O retorno dos funcionários afastados (sem exercer suas funções e com comorbidades), ao trabalho presencial deve ser negociado com a COE, obrigatoriamente.
- Instalação de protetores de acrílico (padronizados) em todas as mesas de atendimento, no prazo máximo de dois meses após a solicitação por parte dos sindicatos.
- Solicitar à Previdência Social (INSS) a ampliação do número de lotes de beneficiários enviados por semana. Atualmente, ocorre apenas às terças-feiras.
- Proibir a redução da PLR em decorrência do encerramento de contas nas agências.
- Fim do ranking entre agências.