A Comissão Executiva os Empregados (CEE) e a Caixa Federal se reuniram no último dia 27 para dar continuidade a negociação sobre condições de trabalho, iniciada uma semana antes, no dia 22. Na pauta, retorno ao trabalho presencial dos empregados que fazem parte dos grupos de risco da Covid-19, programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), programa de Qualidade de Venda (PQV), Participação nos Lucros e Resultados (PLR), promoção por mérito, cross-selling (venda casada) e assédio. Porém, não foi possível discutir todos os temas.
GDP: A Caixa reconhece que os novos mecanismos implantados neste ano como uma “curva forçada”, visando mudar a cultura dos empregados e estabelecer valores empresariais de mercado, estimulado a competição pela venda de produtos. A CEE quer discutir formas que evitem o assédio, ranking, etc. Inclusive propôs a realização de uma pesquisa conjunta sobre o programa.
Retorno presencial: A CEE criticou a proposta da Caixa e reivindicou a prorrogação do prazo para os empregados solicitarem a manutenção do trabalho em home office, possibilitando mais tempo para obtenção de laudo médico indicando a necessidade de permanecer em casa.
O diretor do Sindicato e representante da Federação dos Bancários SP e MS na CEE, Carlos Augusto Silva (Pipoca) lembrou que, em nome de reduzir custos durante a pandemia, a Caixa entregou alguns prédios e promoveu a concentração de departamento em alguns edifícios. “Com essa redução de prédios e contração dos departamentos não há estrutura suficiente para que todas as pessoas retornem ao trabalho. Precisamos lembrar ainda estamos vivendo em uma situação de pandemia e alguns dos prédios possuem elevadores que suportam apenas quatro pessoas em situação normal. Com pandemia apenas duas. Como vai ficar a entrada e saída destas pessoas? Elas não vão nem conseguir sair para almoçar”, observou.
A CEE cobrou que o novo protocolo, com chamada para o retorno ao trabalho presencial, seja inserido no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e que os gestores de unidades sejam informados com relação à orientação sobre a possibilidade de contestação do chamado de retorno para os casos específicos. Os representantes da Caixa afirmaram que o novo protocolo é somente para os empregados dos grupos de risco. Com relação à proibição do retorno ao presencial daqueles que se recusem a se vacinar, o banco sustenta que não existe esta orientação.
A Caixa se comprometeu a melhorar a comunicação aos gestores e aos empregados em geral sobre a possibilidade de contestação do retorno ao presencial com o GT (Grupo de Trabalho) de Prevenção em até cinco dias, que situações excepcionais podem ter avaliação do próprio gestor e reforçou que os pedidos de análise podem ser feitos pelo serviços.caixa. Também informou que vai analisar a questão dos prédios sem estrutura para receber os empregados. Além disso, destacou que pode estudar como proceder com empregados que se negam a se vacinar. No entanto, alegou não poder proibir o retorno deles ao trabalho, caso queiram.
Próxima rodada: Em breve.
Fonte: Contraf-CUT