A Comissão de Empresa (CEBB), que representa os sindicatos, reivindicou melhores condições de trabalho, com adoção de medidas para combater qualquer tipo de prática de gestão que leve ao adoecimento, e Cassi para todos (aposentados ou não e incorporados), durante a quinta rodada de negociação da pauta específica com o Banco do Brasil, realizada nesta terça-feira, 9 de agosto.
Incorporados: A CEBB destacou que a reforma estatutária da Cassi, ocorrida em 2020, prevê mecanismos para receber os funcionários dos bancos incorporados. “A situação atual do Economus é gravíssima. Os funcionários do ex-Banco Nossa Caixa, aposentados e da ativa, foram expulsos do Feas (Fundo Economus de Assistência Social). Alguns conseguiram entrar em um plano mais barato, outros têm apenas o SUS”, destacou a diretora do Sindicato e representante da Federação dos Bancários de SP e MS na Comissão, Elisa Ferreira.
Resposta: Os representantes do banco afirmaram que “as conversas na mesa sobre a Cassi são complexas e envolvem vários atores”, dos quais o BB depende para prosseguir com o encaminhamento das reivindicações, completando que “a resposta às demandas não depende única e exclusivamente do banco”.
Réplica da CEBB: Elisa Ferreira questionou a resposta do banco sobre não prosseguir com encaminhamento das reivindicações apresentadas sem a participação direta da Cassi. A diretora do Sindicato lembrou que boa parte das negociações alcançadas na entidade de assistência à saúde foram, inicialmente, encaminhadas nas negociações entre CEBB e BB.
E mais: “A estratégia saúde da família foi negociada em mesa, assim como o autopatrocínio, por exemplo. Primeiro realizamos negociações entre CEBB e banco para depois entregar à governança da entidade de saúde, porque lá temos os eleitos e os indicados do BB, que não são autônomos, são um braço do banco dentro da Cassi”, completou Elisa Ferreira.
Aditivo: Os representantes do BB disseram que existe intenção e renovar o aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com exceção de dois pontos: a cláusula 21, que trata da complementação de auxílio-doença previdenciário e auxílio-doença acidentário; e a cláusula 22, que estabelece intervalo para descanso de digitadores. “Vamos apresentar as propostas sobre essas duas cláusulas logo após a Fenaban apresentar a pauta global ao Comando Nacional dos Bancários”, prometeu a porta-voz do BB.
Demais reivindicações
Outros pontos destacados pela CEBB, relativos à Saúde e Condições de Trabalho:
- Assistência odontológica via Cassi para todos os funcionários, incluindo dos bancos incorporados.
- Expansão da atenção aos trabalhadores com doenças crônicas.
- Investimento para ampliar a Estratégia Saúde da Família.
- Ampliação da lista de medicamentos do Programa de Assistência Farmacêutica (PAF).
- Resolução do déficit da Cassi.
Acúmulo de funções: A CEBB abordou a situação dos gerentes de serviço que exercem tanto atividades de vendas quanto de caixas. O BB respondeu que a gerência de serviços nas agências mistas são “uma nova modalidade”. Puro desrespeito.
Fonte: Contraf-CUT