Desta vez organizada pela Federação dos Bancários de Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS), a mobilização reuniu representantes de oito Sindicatos do interior de São Paulo.
O ato, iniciado às 6h da manhã, ocorreu em frente ao prédio da SX Tools, empresa do conglomerado espanhol, e retardou o acesso dos funcionários ao local até às 10h, quando os portões foram liberados.
“Estamos aqui para recuperar a representação desses funcionários que, apesar de fazerem serviços bancários, não estão enquadrados no nosso acordo coletivo, nem no aditivo do banco, e que, portanto, perdem seus direitos como bancários”, explicou a diretora do Sindicato, Patrícia Bassanin.
Ela lembra que a representação dos trabalhadores do ramo financeiro que estão nas terceirizadas do Santander é uma das reivindicações da categoria na negociação do aditivo deste ano, porém, sem muitos avanços.
“Temos aqui muitos colegas bancários, migrados para esta empresa, fazendo serviço bancário, sem ter os mesmos direitos. Para nós, não há dúvida de que os funcionários da Tools pertencem ao sistema financeiro e que, portanto, devem ser representados pelo Sindicatos dos Bancários.”
A presidente em exercício do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e região, Angela Savian, explicou que o objetivo da mobilização, além de atenção para a questão da terceirização dos bancos, foi reunir a categoria para lutar por direitos legítimos, como aumento real, vale alimentação, refeição e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) – as negociações segue com a Fenaban, no âmbito da Campanha Nacional.
Na Justiça
Apesar do encerramento do ato e da condução pacífica da manifestação, a SX TOOLS optou por recorrer à justiça em uma tentativa de impedir a realização de novos protestos. O posicionamento dos Sindicatos é “que a defesa do direito ao protesto é crucial para garantir que a sociedade continue a ter um espaço para debater e garantir seus direitos e ampliar as conquistas. É por meio desse processo que se constrói um ambiente mais justo e transparente, tanto para os trabalhadores quanto para as empresas.”
(Com informações imprensa do Sindicato de Piracicaba)