Na discussão das questões sobre segurança, a Fenaban também não demonstrou preocupação. Apesar de existir lei específica, os bancos não concordaram em proibir o transporte de valores por bancários. A argumentação patronal é frágil. Segundo a Fenaban, é impossível viabilizar o transporte em todas as localidades. O Comando citou como exemplo a Caixa Federal, que já adotou esse procedimento em consonância à legislação. Quanto à instalação de portas de segurança, a Fenaban não assumiu nenhum compromisso, sequer manifestou discordância em relação a proposta do Banco do Brasil e do Itaú Unibanco que anunciaram a retirada das conhecidas portas giratórias. A Fenaban negou ainda pagar adicional de risco de vida, equivalente a 30% do salário, direito já conquistado pelos vigilantes. Não concorda também com assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos; apenas atendimento médico ou psicológico no local de trabalho após o incidente; e, mais uma vez, negou a emissão de Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT). Em algumas questões, cabe destacar, tímidos avanços. É o caso do acesso à estatística nacional de roubos/assaltos e emissão obrigatória de Boletim de Ocorrência (BO).
Assédio, Metas e Segurança: números e dados
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80% dos bancários estão preocupados com o assédio moral e as metas abusivas, segundo pesquisa nacional realizada pelos sindicatos.
18 mil bancários pediram desligamento dos bancos no primeiro semestre deste ano. Metade, segundo pesquisa aplicada pela Contraf e Dieese, pediu dispensa por não suportar a cobrança por metas. 11 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos no país, apenas no primeiro semestre deste ano. R$ 4,6 milhões é o valor da multa aplicada aos bancos por descumprirem leis e normas de segurança. Problemas de saúde mental detêm, segundo o INSS, o mesmo nível de incidência na categoria bancária que os distúrbios osteomusculares (LER/Dort). |