A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco se reuniu no último dia 18 com conselheiros eleitos dos fundos de pensão do conglomerado para discutir, entre outros assuntos, a unificação das fundações que gerenciam os planos de previdência complementar dentro da holding.
Atualmente, existem 14 fundos de pensão fechados no grupo Itaú Unibanco, divididos entre cinco fundações, o que provoca retrabalho, aumento nos custos contratuais de prestação de serviços, de administração e de sistemas; além de diluir a representatividade dos participantes que chegam a quase 60 mil. Diante desse quadro, a COE, através dos conselheiros eleitos nos diferentes planos, tem discutido com o Itaú a unificação das fundações numa única entidade, que agregue todos os participantes, garanta a representação de ativos e assistidos e permita a fiscalização e acompanhamento pleno de todos os planos.
Premissas
As premissas negociais apresentadas pelos eleitos são a garantia da representação para ativos e assistidos nos planos que possibilite a fiscalização e acompanhamento da gestão de cada fundo, aumentando a representação nos conselhos deliberativo e fiscal; a criação de conselhos de gestão por grupos de planos e a criação de um comitê ou comitês de acompanhamento de investimentos, permitindo maior transparência e fiscalização para os participantes. Outra medida importante é que um representante dos participantes esteja na diretoria executiva da nova fundação. “A grande premissa, contudo, continua sendo a criação de um fundo fechado privado para o conjunto dos funcionários que estão no conglomerado, mas que não participam de nenhuma entidade fechada de previdência complementar. No máximo possuem um plano privado, do tipo PGBL ou VGBL”, acrescenta o diretor do nosso sindicato, integrante da COE e conselheiro fiscal eleito da Fundação Itaubanco, Mauri Sérgio.
Segundo ele, os planos privados seguem regras estabelecidas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), o órgão regulamentador dos fundos de previdência aberta, que são muito flexíveis e não garantem fiscalização adequada nem proporcionam bons rendimentos como os planos fechados. E, dependendo do modelo do plano aberto, os benefícios são inferiores ou não vitalícios para os que dele participam.
21/02/2011
Sindicatos querem unificar fundações
Unificação