Encerra nesta semana, mais especificamente no dia 1º de março, o prazo para os bancos privados pagarem a Participação nos Lucros e Resultados, a conhecida e esperada PLR. A exemplo da maioria das instituições privadas, o Banco do Brasil e a Caixa Federal anteciparam o pagamento da PLR, conforme reivindicou o Sindicato em ofício no dia 25 de janeiro. O prazo limite do BB, por exemplo, era 16 de março, mas antecipa neste dia 28; na Caixa Federal, era dia 31 de março, porém será creditada neste dia 1º.
Em três bancos privados (Itaú, Bradesco e Santander) a PLR foi paga com base no teto da regra básica (2, 2 salários). Em outros, foram pagos também programas próprios. É o caso do Itaú, que paga neste dia 1º, terça-feira, PCR de R$ 1.600,00; do Santander, que pagou o PPRS; e do HSBC, que pagou no dia 25 o PPR, sem descontar a antecipação de 15% creditada em fevereiro de 2010. No BB, cabe ressaltar, será distribuído linearmente 4% do lucro líquido do segundo semestre, mais módulo bônus; na Caixa Federal será pago as diferenças e também a PLR Extra/Social, conquista em 2010.
Quem luta, conquista
A PLR é uma conquista histórica da categoria. Até 1994 os bancos abocanhavam sozinhos seus crescentes lucros, que eram e são resultado do empenho de cada bancário. Em 1995, os bancários garantiram a PLR na luta; mais tarde virou até lei federal. A cada Campanha Nacional a categoria busca mudanças na regra dessa participação nos lucros e resultados. Em 2008, os bancários garantiram novo percentual na regra básica, passando de 80% para 90% do salário. Em 2009, a categoria conquistou alteração no formato; ou seja, parcela adicional de 2% do lucro líquido, independente de crescimento, linear. O que exigiu 15 dias de greve. No ano passado, após nova greve de 15 dias, o teto da parcela adicional foi reajustado em 14,28%, passando de R$ 2.100,00 para R$ 2.400,00; os salários, vale lembrar, foram reajustados em 7,5%, contemplando inclusive aumento real.
Para o presidente do Sindicato, Jeferson Boava, o histórico da PLR mostra que nada caiu do céu ou foi concedido em função da ‘bondade’ dos banqueiros. “Nesses 15 anos a luta sempre foi dura. O Sindicato, no entanto, não mediu e não mede esforços em mobilizar a categoria em busca da ampliação de direitos. As lutas mais recentes, entre 2008 e 2010, evidencia que o efetivo envolvimento da categoria no embate com os bancos, ao lado do sindicato, resultou em avanços no que se refere a PLR. E esse movimento não vai parar. A lucratividade do sistema financeiro deve ser compartilhada com os bancários. Inclusive uma das bandeiras de luta da categoria é a contratação da remuneração total, incluindo os programas próprios. Neste último ponto, queremos garantir o não desconto na PLR”.
28/02/2011
PLR é conquista da categoria
Luta