O Itaú se comprometeu em regularizar, neste mês de maio, os procedimentos para inclusão da operação de soma nas fitas de caixa, bem como a inclusão da mesma quando for necessário imprimir uma cópia. A promessa foi feita durante reunião com os sindicatos no último dia 27, após pressão dos funcionários, que paralisaram os serviços no Dia Nacional de Luta, 19 de abril, exigindo melhores condições de trabalho. Em Campinas, cabe destacar, a paralisação (foto) atingiu seis agências; entre os problemas denunciados, fita de caixa com apenas uma via. O calendário de regularização do sistema de caixa, divulgado pelo banco, prevê para o inicio de maio o retorno das funções 901 e 902, sendo que neste primeiro momento, por exemplo, será possível acessar a calculadora separada da operação de autenticação. No final deste mês de maio volta a ser disponibilizada a função 417 que dá acesso ao conjunto da movimentação de operações do dia. Na avaliação do diretor do Sindicato, Mauri Sérgio, “o retorno da calculadora e da integralidade das operações, que dá mais segurança aos caixas para desenvolverem suas atividades, é uma importante conquista”. Mauri frisa que os sindicatos reivindicaram o reembolso de possíveis diferenças no caixa ocorridas no período de fita única. “O Itaú não se posicionou. Vamos insistir nesse ponto”.
Plano de saúde – O Itaú apresentou a planilha de custos do plano de saúde. De acordo com os dados, o plano de saúde atende hoje 199.460 vidas (de funcionários na ativa e dependentes legais), distribuídas da seguinte forma: Fundação Saúde Itaú – 126.832; Central Nacional Unimed – 47.068; Caberj – 17.651; e Unibanco Saúde – 7.909. Pela apresentação, o custeio do plano tem se dado numa proporção aproximada de 70% por parte do banco e 30% por parte dos funcionários. Os custos com internação têm se mostrado o item que mais contribui na sinistralidade do Plano de Saúde, totalizando 54%. As informações, no entanto, ainda são insuficientes. Faltou, por exemplo, “a apresentação do balanço do Plano de Saúde, através do qual poderemos fazer uma análise completa sobre os reajustes praticados pelo banco”, destaca o presidentec da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. O Itaú reajustou em até 24,61% os valores pagos pelos bancários no plano de saúde em março deste ano. O aumento foi realizado sem negociação ou aviso prévio aos funcionários. O acordo coletivo que prevê o Plano de Saude não foi renovado ainda, sendo necessário esclarecer as questões relativas ao reajuste aplicado pelo banco primeiramente.
Demissões – Os sindicatos cobraram também explicações sobre as demissões que vêm ocorrendo em todo o país. O banco apresentou um quadro no qual estão sendo feitas mais contratações do que demissões. Só que a realidade vivida pelos funcionários é bem diferente. As agências, de forma geral, estão com falta de pessoal. Na área operacional a situação é caótica, a ponto dos gerentes operacionais terem que cotidianamente trabalhar no caixa.
Maternidade – Os sindicatos cobraram ainda que o Itaú incentive suas funcionárias a usufruírem o direito de 180 dias da licença maternidade. Segundo denúncias, funcionárias que retornaram da licença perderam sua carteira de clientes ou foram transferidas para outro local de trabalho. “É inadmissível este tipo de conduta dentro de um banco como o Itaú“, afirma o diretor Mauri Sérgio.
(Fonte: Contraf)
03/05/2011
Itaú promete regularizar fita de caixa
Negociação