Diretores votam pela aprovação da contribuição extra
Com a participação de mais de 2 mil pessoas (1.123 presentes e 906 representados por procuração), a assembleia realizada ontem, dia 17, em São Paulo, rejeitou a proposta de custeio do deficit (hoje mais de R$ 770 milhões) do Plano II, aprovada pelo Conselho de Administração do Banesprev, que entra em vigor em abril próximo. A maioria dos representantes dos funcionários defendeu a não aprovação do plano de custeio e apresentou dois motivos: 1) o equacionamento será feito independente da decisão da assembleia; 2) se ratificado pela assembleia haveria quitação do Serviço Passado, invializando novo recurso junto à Previc (Ministério da Previdência) e cobrança judicial.
23/03/2012
Assembleia rejeita custeio do deficit do Plano II do Banesprev
Para o Sindicato, decisão inócua
Diretora Stela defende aprovação do plano de custeio
Para a diretora do Sindicato, Stela, “a assembleia foi convocada para decidir sobre o plano de custeio e não para abrir mão, deliberar sobre a cobrança do Serviço Passado. Apesar de representativa, a decisão da assembleia foi inócua”. Stela destaca que os diretores do Sindicato defenderam durante a assembleia que as entidades devem entrar com ações na Justiça para exigir a parte que deve ser aportada pelo Banco. “Mas uma ação judicial pode se prolongar além do suportável para a saúde financeira do plano. Por isso, defendemos a aprovação da contribuição extraordinária para ativos e assistidos concomitante com ação judicial contra o Santander”. A diretora Stela frisa que o Sindicato respeita a decisão da maioria. “Neste caso, no entanto, o que ocorreu foi a aceitação de que a decisão dos participantes não conta. A deliberação da maioria foi nula porque a contribuição extraordinária vai ocorrer de qualquer forma”.
Stela observa que o Sindicato quer que os bancários, ativos e aposentados, continuem a decidir o que é melhor para seus interesses. “Trata-se de um assunto bastante impopular. Porém já fizemos isso no passado, quando defendemos que os aposentados que entraram no banco antes de 1975, migrassem para o chamado ‘Fundão’, quando a também maioria da representação defendeu o contrário. Não se trata de ganhar ou perder uma tese. Mas de tratar com serenidade e atenção um assunto que diz respeito à aposentadoria das pessoas, o que não é pouco. Lamentamos que a contribuição extra seja decidida pelo Banco e não pelos participantes. O que poderia entrar para história de luta dos funcionários foi para a lata de lixo da história”.
Diretor Cristiano apresenta proposta do Sindicato: entidades devem exigir o Serviço Passado na Justiça