
O Dia Nacional de Luta por Mais Segurança, 21 de março, foi marcado em Campinas com manifestações e distribuição de jornal específico em quatro agências instaladas no bairro Vila Nova (BB, Bradesco, Itaú e Santander) e paralisação dos serviços durante todo o dia na agência do Itaú em Elias Fausto e até às 12h no Itaú de Mogi Mirim; onde recentemente foi retirada a porta giratória. Em Elias Fausto, inclusive, o Sindicato entregou ao prefeito Cyro da Silva Maia, pedido de fiscalização porque o Banco não cumpre a lei municipal de 1997, que exige a porta giratória. Cabe destacar que a agência foi assaltada na véspera, dia 20, e o gerente geral sofreu agressão.
Convocado pela Contraf-CUT e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), o Dia de Luta teve três temas centrais: 1) contra a retirada das portas giratórias, com detector de metais; 2) combate ao crime “saidinha de banco”; e 3) proteção da vida de trabalhadores, clientes e usuários.
Para o presidente do Sindicato, Jeferson Boava, “alertamos a sociedade para o descaso dos bancos em investir mais em segurança”. Os cinco maiores bancos do país (Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander) lucraram R$ 50,7 bilhões em 2011; em segurança e vigilância, os citados bancos investiram apenas R$ 2,6 bilhões. O que significa uma média de 5,2% em relação aos lucros.

Instaladas no final dos anos 90, após muitas lutas dos bancários e aprovação de leis municipais, a experiência revela que as portas giratórias têm sido eficientes na redução dos assaltos. A estatística nacional da Febraban aponta que em 2000 houve 1.903 ocorrências. Em 2010, o número baixou para 369, uma queda de 80,16%. Já em 2011, quando alguns bancos retiraram portas giratórias, foram apurados 422 assaltos, um crescimento de 14,36%. Os sindicatos de bancários e vigilantes querem garantir a instalação de portas giratórias através de leis municipais e estaduais. Querem ainda que esse tipo de equipamento seja item obrigatório no projeto de lei do estatuto de segurança privada, que está sendo elaborado pelo Ministério da Justiça para atualizar a lei federal nº 7.102/83.

O Dia de Luta visou também combater o crime da “saidinha de banco”, responsável por 32 das 49 mortes em assaltos envolvendo bancos em 2011 em todo país. Para coibir esse tipo de crime, os sindicatos defendem a instalação de biombos entre a fila de espera e os caixas e colocação de divisórias opacas e individualizadas entre os caixas eletrônicos.
O presidente do Sindicato, Jeferson Boava, destaca que o Dia de Luta se insere na Campanha por Mais Segurança nos Bancos, lançada pelo Sindicato em abril do ano passado. Nesses 11 meses, o modelo de projeto de lei que trata da instalação de novos dispositivos, elaborado pela Contraf-CUT em parceria com a CNTV, já foi apresentado em 36 cidades da base. Em sete, o projeto foi aprovado pelos vereadores; em três, já é lei.
Dia em Campinas – manifestações no Banco do Brasil (Av Brasil), Bradesco Guanabara e Itaú Vila Nova (Av. Imperatriz Leopoldina) e Santander Vila Nova (Av. Francisco de Camargo Andrade).

Dia em Elias Fausto – paralisação no Itaú, assaltado ontem, dia 20.

Dia em Mogi Mirim – paralisação no Itaú, sem porta giratória, recentemente retirada.

