O tema saúde será prioritário na primeira rodada de negociação da pauta específica com a Caixa Federal, no dia 9 deste mês de agosto. A decisão foi aprovada em reunião entre a Caixa e os sindicatos no último dia 30, que também definiu que a segunda rodada será no próximo dia 17 de agosto. Segundo o diretor do Sindicato e representante da Federação dos Bancários de SP e MS, Gabriel Musso, que participou da reunião, os sindicatos repudiaram a postura da instituição estatal nas negociações sobre o Saúde Caixa e Saúde do Trabalhador. “A Caixa tem feito várias alterações sem discutir com os sindicatos”. Por exemplo, foi criada uma carência de 10 anos para que o empregado possa manter o Saúde Caixa na aposentadoria ou, quando ambos os cônjuges trabalham na Caixa, a empresa exige que o titular seja aquele com o maior salário. Sem falar que a área gestora está usando as reuniões do Conselho de Usuários para impor posições que deveriam ser levadas à mesa de negociação permanente ou ao GT Saúde. “Esperamos que esse tratamento desrespeitoso seja encerrado na rodada do dia 9”, frisa o diretor Gabriel Musso.
Vale-transporte: A Caixa admitiu atraso e valor incorreto quanto ao pagamento do vale. O problema ocorreu por incapacidade da empresa contratada, justificou a Caixa. Será corrigido neste mês de agosto. Novos problemas devem ser remetidos para cepes24@caixa.gov.br.
Substituições: Os negociadores da Caixa disseram desconhecer a recente mudança no critério de substituições nas agências, que impede a substituição do assistente ausente por outro, caso haja mais de um. Resultado: quem assume as atribuições do assistente ausente não recebe corretamente. A Caixa assumiu compromisso em responder na próxima reunião.
Ranqueamento: Os sindicatos denunciaram que em diversões regiões do país, inclusive em Campinas, gestores divulgam rankings individuais, o que é proibido pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O diretor Gabriel destacou que na SR Campinas foi criada a “Galeria de Notáveis”. A Caixa disse que não é política da empresa e que não faz tal orientação; informou que irá tomar providências.
Tarifas de poupança: Os sindicatos reivindicaram a isenção de tarifas para pelo menos uma conta poupança dos empregados, que hoje não são isentas. A Caixa vai estudar o assunto e se comprometeu a dar uma resposta durante a campanha salarial.
Condições de trabalho: Os problemas permanecem, principalmente para os empregados de retaguarda. Apesar de definir o mês de junho como prazo final para todas as contratações, incluindo treinamento e absorção de atribuições pelas GIRET e pelas Centralizadoras, nenhuma medida foi cumprida em sua totalidade. “Diante da postura de enrolação da Caixa, os trabalhadores das retaguardas devem mostrar sua insatisfação na Campanha Salarial, com forte mobilização”, destaca o diretor Gabriel.
Ao final, os sindicatos manifestaram preocupação com a capacidade da Caixa em cumprir o acordado e chegar ao fim de 2012 com o total de 92.000 empregados, ainda mais difícil com a saída de aproximadamente 2.000 empregados no PAA. “A Caixa garantiu que vai chegar ao total acordado, pois o processo de contratações será acelerado neste segundo semestre, com a contratação de 1.000 empregados por mês”, observa o diretor do Sindicato.
Foto: Augusto Coelho
02/08/2012
Saúde será negociada na primeira rodada da pauta específica
Caixa Federal