A greve deflagrada hoje (18/09) atingiu 93 agências de bancos privados e públicos em Campinas e Região; envolvendo mais de 3 mil bancários (30% da categoria). Em Campinas, 58 agências e departamentos fechados; na Região, 35 agências em 14 cidades. No país, 5.132 agências, segundo balanço divulgado pela Contraf-CUT.
A greve, aprovada em assembleia realizada no último dia 12, continua nesta quarta-feira, dia 19; no final da tarde, 17h, reunião de organização na sede do Sindicato. Na quinta-feira, dia 20, nova assembleia na sede, às 18h30, para avaliar a paralisação.
Para o presidente do Sindicato e integrante do Comando Nacional dos Bancários, Jeferson Boava, a greve inicia forte. “Os bancários começaram a dar o troco à provocação dos banqueiros que, diante de uma inflação de 5,39% nos últimos doze meses, propuseram reajuste de 6%; o que significa apenas 0,58% de aumento real. A categoria demonstrou no primeiro dia da greve, mais uma vez, sua disposição de luta”. Jeferson destaca que a tendência é o crescimento da greve. “A categoria quer sua parte nos lucros. Afinal, os seis maiores bancos do país (BB, Caixa Federal, Itaú, Bradesco, Santander e HSBC) lucraram 25,2 bilhões no primeiro semestre. Os bancários querem também melhor PLR, garantia de emprego e condições de trabalho, incluindo mais segurança”.
Quadro da Greve: 1º dia
Campinas
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58 agências
e departamentos
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Região
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35 agências
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Americana
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9
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Amparo
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3
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Cabreúva
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3
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Hortolândia
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4
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Indaiatuba
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2
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Itatiba
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1
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Jaguariúna
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1
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Mogi Mirim
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2
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Mogi Guaçu
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1
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Monte Mor
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1
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Nova Odessa
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1
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Valinhos
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1
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Vinhedo
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3
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Sumaré
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3
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Total
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93
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Principais reivindicações
– Reajuste salarial de 10,25% (5% de aumento real).
– PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
– Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).
– Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
– Auxílio-educação para graduação e pós.
– Auxílio-refeição e vale-alimentação e cesta equivalente (cada um) ao salário mínimo nacional (R$ 622,00).
– Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e ampliação da inclusão bancária.
– Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.
– Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.
– Mais segurança nas agências e postos.
– Previdência complementar para todos os trabalhadores.
– Contratação total da remuneração, o que inclui a parte variável.
– Igualdade de oportunidades.
Veja imagens do primeiro dia da paralisação em Campinas e Região, hoje (18/09)


Fotos: Júlio César Costa