Durante a greve dos vigilantes na última sexta-feira, dia 1º de fevereiro, o Sindicato exigiu dos Bancos respeito à Lei nº 7.102/83 que proíbe a permanência de bancários nos locais de trabalho para atendimento ao público caso o serviço de segurança esteja indisponível. Inclusive a exigência foi formalizada em ofício enviado na véspera da paralisação.
Na área central de Campinas, por exemplo, várias agências permaneceram fechadas; no limite, apenas trabalho interno. O atendimento ao público é permitido, segundo a lei, com no mínimo dois vigilantes; apenas um profissional de segurança, trabalho interno. Sem nenhum vigilante, agência fechada.
Greve nacional
A greve de 24h, convocada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) teve como objetivo pressionar as empresas de segurança a cumprirem imediatamente a lei nº 12.740/2012, sancionada pela presidente da República, Dilma Roussef, no dia 10 de dezembro do ano passado, que garante o pagamento do adicional de risco de vida (periculosidade) de 30% para todos os vigilantes patrimoniais.
CLT alterada
A nova legislação altera a redação do artigo 193 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que regulamentava a concessão desse adicional apenas aos profissionais que exercem atividades em contato com inflamáveis, explosivos e energia elétrica.
Os patrões, no entanto, não querem respeitar essa conquista dos vigilantes, depois de 16 anos de luta. Para ganhar tempo, as empresas exigem a regulamentação da lei por parte do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). ”O Sindicato é solidário à mobilização dos vigilantes. O argumento dos patrões é pura balela”, destaca o presidente do Sindicato, Jeferson Boava.
Foto: Júlio César Costa
04/02/2013
Greve de 24h dos vigilantes
Luta