
No oitavo dia, hoje (26), a greve avançou mais nos bairros de Campinas, fechando agências nas Avenidas Saudade e Amoreiras e na Unicamp, totalizando 127 agências em Campinas. Um aumento de 17 agências em relação a ontem (25), quando fecharam 110 agências e departamentos de bancos públicos e privados na cidade. Na região, a greve permanece forte e o número de agências fechadas hoje (26) é igual ao sexto e sétimo dia; ou seja, 90 em 29 cidades. Na base do Sindicato, somando Campinas e região, 217 agências fechadas.A expansão nos bairros começou na terça-feira (24) no Bonfim e Avenida João Jorge; ontem a greve atingiu o bairro Cambuí.
Mesmo com a greve crescendo diariamente, a Fenaban até o momento não se manifestou. A mudez dos banqueiros é um desrespeito a categoria. “Os lucros obtidos no primeiro semestre deste ano pelos seis maiores bancos, que totalizaram R$ 29,6 bilhões, foram alcançados com decisiva contribuição dos bancários. Porém, a Fenaban permanece calada, num completo desrespeito a categoria. Essa intransigência será quebrada pela greve. Os bancários continuam firmes e dispostos a lutar em defesa de seus direitos”, avalia o presidente do Sindicato, Jeferson Boava.
Quem parou no 8º dia: 30 cidades
Campinas e Região: 29 cidades.Água de Lindóia, Americana, Amparo, Arthur Nogueira, Cabreúva, Cosmópolis, Elias Fausto, Engenheiro Coelho, Espírito Santo Pinhal, Estiva Gerbi, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itapira, Itatiba, Jaguariúna, Louveira, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Monte-Mor, Nova Odessa, Pedreira, Paulínia, Santo Antonio de Posse, Serra Negra, Socorro, Sumaré, Valinhose Vinhedo.
Quadro da greve: agências fechadas
Dia
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No país
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Região de Campinas
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1ª dia:19/09
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6.145
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142
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2º dia: 20/09
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7.282
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158
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5º dia: 23/09
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9.015
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165
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6º dia: 24/09
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9.665
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185
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7º dia: 25/09
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10.024
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200
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8º dia: 26/09
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–
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217
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Contraproposta da Fenaban
apresentada na rodada do dia 5
Reajuste – 6,1% (previsão da inflação pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc.)
PLR – 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado).
Parcela adicional da PLR – 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.
Adiantamento emergencial – Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho, em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.
Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho – Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.
Adoecimento de bancários – Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.
Inovações tecnológicas – Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.
Reivindicações dos bancários
– Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%)
– PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
– Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
– Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
– Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
– Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
– Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
– Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
– Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
– Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.