O Sindicato realiza hoje (07), 19º dia da greve, assembleia para avaliar a paralisação, que entra na quarta semana, e a nova proposta apresentada pela Fenaban no último dia 4. A assembleia será na sede do Sindicato, às 18h.
Para o Comando, que se reuniu logo após a rodada da última sexta-feira com a Fenaban, a nova proposta é insuficiente e deve ser rejeitada pela categoria. Como disse o presidente do Sindicato, Jeferson Boava, no mesmo dia 4, “depois de 16 dias da categoria em greve e passado um mês (5/9) da rodada onde propôs reajuste de 6,1%, a Fenaban ousou em apresentar reajuste que estabelece tão somente 0,97% de aumento real. E mais: não valoriza o piso e nem a PLR. Para um sistema financeiro onde os seis maiores bancos lucraram R$ 29,6 bilhões apenas no primeiro semestre deste ano, existe ‘gordura’ para queimar, existe dinheiro suficiente para distribuir entre os bancários. Não basta reajustar a parte relativa ao teto/limite, por exemplo, da parcela adicional da PLR. É preciso aumentar o percentual de distribuição do lucro líquido, hoje definido em 2%. Além disso, a nova proposta de acordo não avança em pontos relacionados às condições de trabalho, segurança”. Segundo o presidente do Sindicato, foram necessários 16 dias para ‘acordar’ a Fenaban. “Agora falta uma proposta decente. Por isso, a greve continua”.
Nova proposta da Fenaban
Item
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Valor/percentual
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Reajuste
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7,1% (0,97% de aumento real)
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Piso de escriturário após 90 dias
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R$ 1.632, 93 (reajuste de 7,5%)
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PLR regra básica
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90% do salário, acrescido de valor fixo de R$ 1.694,00 (reajuste de 10%); limitado a R$ 9.011,76
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PLR parcela adicional
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2% do lucro líquido (linear). Teto/limite de R$ 3.388,00 (reajuste de 10%).
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Auxílio alimentação
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R$ 22,98 (reajuste de 7,1%)
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Auxílio cesta alimentação
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R$ 394,04 (reajuste de 7,1%)
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13ª cesta alimentação
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R$ 394,04 (reajuste de 7,1%)
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Reivindicações dos bancários
– Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%)
– PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
– Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
– Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
– Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
– Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
– Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
– Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
– Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
– Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.