O Sindicato assinou no último dia 18 a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2013-2014, negociada com a Fenaban no dia 10 deste mês, 22º dia da greve nacional, e aprovada pela categoria em assembleia realizada no dia seguinte, 11. A solenidade aconteceu no Hotel Intercontinental, em São Paulo.
Com a CCT assinada, os Bancos têm prazo de até 10 dias para creditar a antecipação da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), regra básica e parcela adicional; ou seja, até o dia 28 (leia na página 3 nota de esclarecimento sobre a tributação da PLR). Quanto às diferenças de salários e tíquetes, o crédito será feito até o dia 30 de novembro próximo, segundo esclareceu a Fenaban. Cinco Bancos já anunciaram as datas de pagamento da PLR, salários e diferenças. BB: diferença salarial de setembro, salário de outubro reajustado e PLR, pagos no último dia 20; diferenças de tíquetes no dia 1º de novembro. Caixa Federal: diferença salarial e salário de outubro reajustado foram pagos também no dia 20; PLR até dia 25, sexta-feira. Itaú: dia 25 paga salário de outubro reajustado, PLR e PCR. Bradesco: dia 23, PLR; dia 30, diferença salarial de setembro e salário de outubro reajustado. Santander: dia 25, PLR; diferença salarial em novembro.
A CCT é o resultado concreto da greve de 23 dias (19 de setembro a 11 de outubro), que rompeu com a intransigência da Fenaban, rasgou e jogou na lata de lixo o discurso propagado na segunda semana da mobilização nacional pelo diretor de Relações Sindicais da citada federação, Magnus Apóstolico, que, em entrevista ao Jornal Folha de S. Paulo (edição de 27 de setembro), negou aumento real porque os lucros dos Bancos no primeiro semestre deste ano foram menores que os obtidos em 2012.
A força da greve, a disposição de luta dos bancários, garantiu aumento real não apenas sobre o salário (8%), mas também sobre o piso (8,5%) e 10% sobre a parcela fixa da regra básica e teto da parcela adicional da PLR. E mais: elevou de 2% para 2,2% o percentual do lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da PLR; proibiu os bancos de enviarem torpedo no celular pessoal dos bancários cobrando resultados; garantiu abono-assiduidade de um dia por ano; adesão ao programa de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50,00 por mês; criação de grupo de trabalho para discutir as causas de afastamentos do trabalho (adoecidos); redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias apresentadas pelo Sindicato (programa de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, conquistado em 2010); debate sobre novo modelo de PLR antes da Campanha de 2014; e os dias parados serão compensados até o dia 15 de dezembro em até uma hora por dia.
Luta continua
Para o presidente do Sindicato, Jeferson Boava, que assinou a CCT, vencida a batalha da Campanha 2013, o passo seguinte é fiscalizar a aplicação dos direitos conquistados e debater os pontos que necessitam serem fechados, como é o caso do grupo de trabalho de adoecidos, o novo modelo de PLR para 2014 e o seminário sobre tecnologia. “A Campanha deste ano terminou; mas a luta continua”, frisou Jeferson.
Assinados também aditivos com BB e Caixa Federal
O Sindicato assinou também no último dia 18 os aditivos à CCT com o Banco do Brasil e com a Caixa Federal. O BB pagou o salário reajustado e a diferença de setembro, bem como a PLR, no último dia 20. Quanto às diferenças de tíquetes, serão creditadas no dia 1º de novembro. E nesta semana o BB reclassifica as faltas, conforme compromisso assumido. Quer dizer, a falta da greve contra o plano de funções, em abril, será reembolsada, assim como os tíquetes não pagos em decorrência da greve de 23 dias (setembro/outubro) serão disponibilizados. A Caixa Federal pagou o salário reajustado e a diferença de setembro no último dia 20; a PLR, até sexta-feira, dia 25.
Greve garante avanços
Os aditivos com BB e Caixa Federal trazem avanços conquistados com a greve de 23 dias. No BB, os dias descontados em função de protesto e greves contra o plano de funções serão reembolsados; a pontuação de mérito dos caixas passou de 0,5 a 1 ponto por dia, retroativos a 2006; a trava de remoção dos escriturários reduziu de 24 para 18 meses; proibido o envio de torpedo para celular pessoal, cobrando metas de funcionários, fora da jornada de trabalho; e os dias parados na greve serão compensados em até uma hora por dia até o dia 15 de dezembro próximo.
Na Caixa Federal, a greve garantiu o pagamento de 100% das horas extras realizadas em agências com até 15 empregados, a partir de janeiro de 2014; e manutenção da PLR Adicional Caixa, a chamada PLR Social, equivalente a 4% do lucro líquido distribuído de forma linear.
23/10/2013
Sindicato assina acordo com Fenaban
Assinados também aditivos com BB e Caixa Federal