Em reunião da UNI Américas Finanças, realizada nos dias 25 e 26 de novembro último em Buenos Aires, Argentina, foi criada a Aliança Latino-Americana em Defesa dos Bancos Públicos. O documento aprovado destaca a função estratégica dessas instituições na promoção do desenvolvimento econômico e social no continente. O evento contou com a participação de dirigentes sindicais de bancos públicos da Argentina, Peru, Uruguai, Costa Rica, Paraguai, Chile e Brasil; entre eles, o presidente do Sindicato, Jeferson Boava.
Objetivo da Aliança
A Aliança tem como objetivo o fortalecimento da luta em defesa do emprego, dos direitos dos trabalhadores e dos povos da América Latina. As empresas estatais e bancos públicos devem garantir os incentivos necessários para o desenvolvimento local, regional e nacional, visando o crescimento econômico e a distribuição de renda nos países em que operam.
O documento aprovado ressalta, entre outras funções dos bancos públicos, o apoio às micro, pequenas e médias empresas, a promoção do comércio exterior, da indústria e da agricultura familiar, para fomentar um melhor desenvolvimento das cidades e do campo. Evitar e combater o monopólio financeiro também é papel essencial desses estabelecimentos financeiros.
Bancos brasileiros em foco
A atuação dos principais bancos públicos do Brasil também movimentou o debate na Argentina. “A luta dos bancários brasileiros por melhores condições de trabalho e a responsabilidade que os bancos públicos têm com a sociedade, com o desenvolvimento econômico e social, foram os destaques”, relata o presidente do Sindicato, Jeferson Boava.
Ataques no Peru
Sindicalistas do Peru relataram uma onda de privatização que ameaça o Banco de La Nación. A Aliança rechaçou as tentativas de privatização e terceirização nos bancos públicos e também aprovou uma moção de defesa do banco público peruano e de solidariedade aos trabalhadores.
Encaminhamento
Os dirigentes sindicais aprovaram a realização de uma jornada internacional para a divulgação da Aliança, em data a ser definida. E mais: oficinas e seminários tripartites, com representantes dos sindicatos, dos movimentos sociais e dos próprios bancos públicos, com a finalidade de aprofundar o conhecimento sobre as instituições financeiras públicos e a sua forma de atuação na América Latina.
A Aliança também vai reivindicar maior participação dos trabalhadores no Mercosul, na União de Nações Sul Americanas (Unasul), composta pelos 12 países da região, e no Banco do Sul, o seu banco de fomento.
Fonte: Contraf-CUT com UNI Américas Finanças
Foto: UNI Américas Finanças