O Senado realizou ontem (19) sessão temática sobre o projeto de lei que legaliza a terceirização no país, aprovado pela Câmara dos Deputados em abril último. O nefasto PL 4330 virou PLC 30/2015 (Projeto de Lei da Câmara) no Senado.
O debate reuniu durante quase três horas representantes dos trabalhadores, patrões, ministro, parlamentares, dentre outros.
A seguir algumas opiniões:
Para o presidente do Senado, Renan Calheiros, não é possível fazer ajuste fiscal cortando direitos trabalhistas e previdenciários.
Já o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias disse que o PLC 30/2015 pode resultar em precarização das relações de trabalho.
A secretária de Relações do Trabalho da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Maria das Graças Costa, afirmou que, ao liberar a terceirização das atividades-fim, o projeto de lei está na contramão das conquistas sociais dos últimos anos.
O presidente do Conselho Temático de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Alexandre Furlan, considerou incorreto associar a terceirização à precarização do trabalho.
Para o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf o que se discute hoje é a regulamentação de uma coisa que está sem regulamento e que não pode funcionar de forma desordenada.
O economista Marcio Pochmann, professor da Unicamp, afirmou que a ampliação da terceirização vai retirar trabalhadores de um segmento com menor rotatividade e maior remuneração. Em sua opinião, o resultado disso será a acentuação da desigualdade no mercado de trabalho.
Fonte: Agência Senado
20/05/2015
Senado debate terceirização
Trabalhadores, patrões, parlamentares