O Bradesco e o HSBC negaram hoje (4) demissões em massa durante reunião com a Contraf-CUT, Fetec-PR e sindicatos dos bancários de São Paulo e Curitiba. Solicitada pelas entidades sindicais, a reunião tratou da manutenção dos empregos, após o anúncio da compra do HSBC pelo Bradesco. Ao relatar detalhes da operação de venda do HSBC, os representantes dos dois Bancos informaram que o comando das operações só será transferido totalmente em janeiro de 2016.
O Bradesco e o HSBC assumiram compromisso em manter o diálogo com os representantes dos bancários, inclusive nesse período de aprovação da venda pelos órgãos responsáveis, que pode durar até seis meses.
Representantes dos Bancos na reunião – Bradesco: André Cano, diretor executivo, e Glaucimar Peticov, RH. HSBC: Marino Rodilla, diretor de Relações Sindicais, e Juliano Marcílio, diretor de RH.
Reunião das COEs
Nesta quarta-feira (5) as Comissões de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco e HSBC se reúnem em São Paulo para discutir os impactos da venda do HSBC para o Bradesco e a mobilização da categoria.
Concentração dos sistema financeiro
Em dezembro do ano passado, o total de funcionários do HSBC era de 20.165 e 853 agências no país. No mesmo ano, os seis maiores Bancos (BB, Itaú-Unibanco, Bradesco, Caixa Federal, Santander e HSBC) concentravam 82,5% do Ativo Total do Sistema Bancário Brasileiro. Em 1999, esse mesmo índice era de 59%. Com relação às operações de crédito observa-se a mesma tendência: enquanto em 1999 os seis maiores bancos possuíam pouco mais de 60% do total de operações de crédito do setor, em 2014 essa participação chegou a 84%.
Os cinco maiores Bancos, antes da aquisição, concentravam 80% dos ativos, 84% do crédito, 87% dos depósitos à vista, 95% dos depósitos de poupança e 87% das agências. Depois da aquisição do HSBC, concentram 83% dos ativos, 86% do crédito, 92% dos depósitos à vista, 96% da poupança e 91% das agências.
Fonte: Contraf-CUT