O presidente do Sindicato e integrante do Comando Nacional dos Bancários, Jeferson Boava, entregou carta à presidente da Caixa Federal, Miriam Belchior, onde várias entidades exigem a retomada do diálogo e uma política decente de gestão de pessoas. O encontro com a presidente da Caixa Federal aconteceu na Superintendência Regional, em Campinas, no último dia 13. O diretor do Sindicato, Carlos Augusto Silva, integrante da Comissão Executiva dos Empregados e também diretor da Apcef São Paulo, participou do encontro. Enquanto os diretores Jeferson e Carlos Augusto conversavam com a presidente da Caixa Federal, dirigentes sindicais realizavam manifestação com faixas em frente a SR.
Na carta à presidente, intitulada “Cadê o diálogo Miriam?”, as entidades Contraf-CUT, Apcef SP, Fetec SP e Federação dos Bancários de SP e MS, que assinam o documento, destacam que o canal de diálogo entre empregados e a direção da Caixa Federal, garantido em reunião realizada em abril último e reafirmado em nova reunião em maio passado, não existe na prática.
A direção da Caixa Federal, segundo a carta, “tem implantado uma série de medidas que afetam diretamente os empregados de forma unilateral, sem qualquer consulta ou diálogo”. Entre as medidas, criação do programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), que institucionaliza a cobrança de metas individuais, rotula empregados, cria remunerações variáveis e abre espaço para o ranking de desempenho.
Carlos Augusto (Pipoca), diretor do Sindicato, disse à presidente que é fundamental “valorizar a mesa de negociação das questões específicas. Discutem-se todos os temas, mas a mesa não resulta em ações concretas. O que é um retrocesso”.
Já o presidente do Sindicato, Jeferson Boava, disse à presidente Miriam Belchior que a Caixa Federal tem papel importante na mesa de negociação da Campanha Nacional, que teve início no último dia 19 . “A Caixa Federal pode contribuir decisivamente para a construção da nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e do novo Aditivo específico dos empregados. É preciso uma postura que agregue soluções. Um Banco público do porte da Caixa Federal pode e deve desatar nós”. Miriam Belchior assumiu compromisso retomar o diálogo.
Fotos: Denny Cesare e Tiago Silva/Seebsp