A Comissão de Negociação das Entidades de Representação dos Funcionários (ativos e aposentados) e representantes do Banco do Brasil se reuniram na última segunda-feira (21), em Brasília, para discutir o futuro da Cassi (Caixa de Assistência dos Funcionários).
A Comissão cobrou respostas sobre a finalização dos projetos que compõem as ações estruturantes e também referentes aos investimentos para viabilizar esses projetos de sustentabilidade, apresentados durante o processo de negociação. O presidente do Sindicato, Jeferson Boava, participou da reunião.
Na reunião anterior, realizada no dia 19 de novembro último, a Comissão apresentou proposta de antecipação de contribuições, como um reforço de caixa emergencial, permitindo assim o bom funcionamento da Caixa de Assistência e negociações focadas nas soluções de longo prazo.
O Banco do Brasil, no entanto, informou que não será feito nenhum aporte de recursos e apresentou a seguinte justificativa: impacto significativo nas demonstrações contábeis. A Comissão cobrou a conclusão dos projetos em relação a sua precificação e a projeção de ganhos com a implementação que, segundo o BB, estava em estudo.
O Banco explicou que os projetos foram realmente apresentados no âmbito da Cassi e houve impasse sobre precificação. O BB insistiu que implementação dos projetos só seria possível com uma proposta de equilíbrio estruturante da Cassi. Porém, não explicou como seria a tal proposta.
O BB destacou que está preocupado com a situação do caixa da Cassi e registrou que a questão está sendo debatida na governança da Caixa de Assistência. Em resumo, houve um retrocesso em relação à rodada anterior, ocasião em que BB sinalizou com a possibilidade de investimento para implementação das medidas estruturantes.
Os projetos, vale ressaltar, foram apresentados há quase um ano, mas o Banco adia a validação dos cálculos, que são de responsabilidade da área financeira da Cassi, cujo diretor é indicado pelo próprio BB.
O BB informou que não fará antecipação de contribuições sem uma proposta estruturante e deixou claro que não pretende, em nenhuma hipótese, elevar contribuição referente aos aposentados. O Banco afirmou que não havia consenso na Comissão de Negociação quanto à proposta de custeio, mas não apresentou nenhuma proposta nova sobre o tema.
Cabe esclarecer que a Comissão não concorda com rateio de deficit, que quebre o princípio da solidariedade. E tem divergências quanto a proposta do BB que prevê a constituição de um fundo para pagamento de compromisso pós-laboral.
Para o presidente do Sindicato, Jeferson Boava, “o BB está tão somente preocupado com os seus lucros, com os resultados, deixando em segundo plano a saúde de seus funcionários. Aliás, a solução apresentada pelo BB até agora não tem respaldo da Comissão porque é prejudicial aos participantes da Cassi. Diante desse quadro, é importante que as entidades envolvidas no processo de negociação mantenham a unidade. É importante também que os funcionários participem efetivamente das discussões em busca de uma Cassi para todos e sustentável”.
Crédito da foto: Guina Ferraz
Nova rodada: 19 de janeiro de 2016.
Fonte: Contraf-CUT