Paralisação na agência Estilo Norte-Sul do Banco do Brasil, em Campinas, no último dia 3.
Reunidos com dois superintendentes regionais (Empresa e Alta Renda SP Leste) e um representante da Gepes (Gestão de Pessoas) nesta semana, no Complexo Bonfim do Banco do Brasil em Campinas, diretores do Sindicato cobraram transparência no processo de avaliação de funcionários via GDP (Gestão do Desempenho Profissional), que tem resultado atualmente em descomissionamento. Ambos deixaram claro que a retirada de função é baseada somente na avaliação de um superior. E mais: não sinalizaram que essa prática será suspensa. “O que descaracteriza o conceito original da GDP, deixando de ser uma avaliação coletiva (superior, subordinado, lateral e autoavaliação), também conhecida por avaliação 360º”, destaca a diretora do Sindicato, Elisa Ferreira.
Na pauta da reunião com o superintendente regional Empresa SP Leste, José de Meira Lins Neto, realizada anteontem (3), o descomissionamento de duas gerentes na agência Taquaral Empresa (PJ), ocorrido no dia 2 de agosto; no dia seguinte ao descomissionamento (3), o Sindicato coordenou paralisação dos serviços. Já na reunião com a superintendente regional Alta Renda SP Leste, Ana Maria Sperandio dos Santos, realizada ontem (4), o ponto de pauta foi o descomissionamento de uma gerente de relacionamento na agência Estilo Norte-Sul ocorrido no dia 1º deste mês de outubro, o segundo nos últimos seis meses; dois dias depois (3), o Sindicato coordenou paralisação parcial dos serviços em protesto contra o descomissionamento. As duas agências estão instaladas em Campinas.
Avaliação
Implantada para capacitar e desenvolver competências, em sintonia com as estratégias organizacionais e visando atender as aspirações do funcionário, segundo informações postadas no Portal BB, a GDP transformou-se em instrumento de punição; a diretoria do banco jogou a avaliação coletiva na lata de lixo. “Hoje, prevalece a subjetividade; vale apenas a palavra do superior. O que configura desvio, retrocesso. É preciso critérios claros. Vamos cobrar na mesa de saúde e condições de trabalho, que reúne representantes dos sindicatos e do banco”, avalia Elisa Ferreira.
O novo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), vale lembrar, prevê três ciclos avaliatórios consecutivos com desempenhos insatisfatórios para efeito de descomissionamento.
Participantes: Além da diretora Elisa, o Sindicato foi representado nas duas reuniões pela presidente Stela e pelos diretores Marcos, Linda e Cida.
Paralisação da agência Taquaral Empresa (PJ) do Banco do Brasil, em Campinas, no dia 3 de agosto.
Fotos: Júlio César Costa