O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, será marcado em Campinas com ato público no Largo do Rosário, a partir das 16h30. Convocado por várias centrais sindicais – entre elas, a CUT – e coletivos de mulheres, o ato público tem o seguinte mote: Pela Vida das Mulheres, Por Democracia e Direitos, Em Defesa da Previdência e Marielle Vive. Participe.
Violência
Estupro, assassinatos: Em 2017, foram registrados 60.018 casos de estupros, crescimento de 8% em relação ao ano anterior; e 4.539 mulheres foram assassinadas, 6% a mais em comparação a 2016. Os dados integram levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Feminicídio: No Brasil a taxa de feminicídios é 4,8 para cada 100 mil mulheres, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A quinta maior taxa de feminicídio do mundo. Entre 1980 e 2013, segundo o Mapa da Violência de 2015, 106.093 pessoas morreram por sua condição de ser mulher. As mulheres negras são ainda mais violentadas. Entre 2003 e 2013, aumento de 54% no registro de mortes, passando de 1.864 para 2.875. Os assassinatos são cometidos, muitas vezes, por familiares (50,3%) ou parceiros/ex-parceiros (33,2%).
Com a lei 13.104, de 2015, o feminicídio passou a constar do Código Penal Brasileiro como “circunstância qualificadora do crime de homicídio”.
No mundo, 87 mil mulheres foram vítimas de feminicídio em 2017, segundo relatório das Nações Unidas (ONU), divulgado em novembro de 2018. Mais da metade das mulheres (58%), cerca de 50 mil, foram assassinadas por conhecidos (companheiros, ex-maridos ou familiares). O que significa 6 feminicídios cometidos por conhecidos a cada hora.
Crime sem punição: A vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes foram assassinados no dia 14 de março 2018, no Rio de Janeiro. Até hoje o crime não foi solucionado. Basta de impunidade.
Desigualdade nos bancos
Em 2017, a categoria bancária era formada por 467.686 mil trabalhadores; as mulheres ocupavam 49% dos postos de trabalho. Em 2018, as 14.189 mulheres contratadas pelos bancos receberam, em média, R$ 3.696,33. Esse valor corresponde a 75,2% da remuneração média recebida pelos 15.203 homens admitidos no período. Elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística de Estudos Sócioeconômicos (Dieese), a pesquisa constatou diferença de remuneração entre homens e mulheres também nos desligamentos. As 16.048 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, R$ 5.879,46, o que equivale a 76,8% da remuneração média dos 16.273 homens desligados dos bancos.
Desigualdade no mundo
Relatório global da Oxfam intitulado “Bem Público ou Riqueza Privada?” destaca: “Se todo o trabalho não remunerado realizado por mulheres no mundo fosse feito por uma única empresa, ela teria um faturamento anual de US$ 10 trilhões; ou seja, 43 vezes o da Apple”. E mais: “A maioria das pessoas mais ricas do mundo é do sexo masculino e, em nível global, as mulheres ganham 23% menos que os homens e eles detêm 50% a mais da riqueza total do que elas”. O relatório foi divulgado no início deste ano às vésperas do Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça.
25/02/2019
Dia 8, ato pela vida das mulheres em Campinas
No Largo do Rosário, a partir das 16h30