A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú cobrou a redução da rotatividade de trabalhadores no banco (turnover), durante reunião realizada nesta quarta-feira (20), na sede da Contraf-CUT, em São Paulo. Na ocasião, o banco apresentou os números de admissões e demissões ocorridas em 2018. “O Itaú apresentou um saldo positivo de postos de trabalho, porém a rotatividade continua alta”, destaca o vice-presidente do Sindicato e integrante da COE, Mauri Sérgio, que participou da reunião.
Segundo os dados do banco, em 2018 a rotatividade foi de 10% (3.618 funcionários). Os dados mostram ainda que foram contratados 9.870 novos funcionários e demitidos 8.618, gerando um saldo de 1.252 postos de trabalho a mais no quadro de pessoal.
Redução das agências
Os dirigentes sindicais também cobraram a implantação do centro de realocação e qualificação, uma conquista da Campanha Nacional de 2016. “A ideia é que os bancos, antes de demitir seus funcionários, busque requalificá-los e os realoque em outras áreas onde tenham vagas. Assim conseguiremos reduzir o número de demissões e o turnover”, explica Jair Alves, diretor da Contraf-CUT e coordenador da COE. Segundo ele, as contratações são direcionadas para pessoas mais jovens e com conhecimentos na área de tecnologia da informação. Já as demissões são de caixas, gerentes e demais cargos da área operacional das agências.
Para Mauri Sérgio “o Itaú está aperfeiçoando os processos digitais, em preparação para a ampliação das agências digitais. O banco nega que seja uma orientação a demissão de pessoas com mais tempo de casa. Se não há uma orientação neste sentido, então é necessário orientar os gestores do contrário, pois muitas demissões atingem pessoas que estão prestes a adquirir a pré-estabilidade para a aposentadoria; um direito da categoria”.
Os itens “e” e “f” da cláusula 27ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria garante a estabilidade de “pré-aposentadoria” de 12 meses antes de se completar o tempo para a aposentadoria aos empregados com, no mínimo, cinco anos de vínculo empregatício. Para os empregados com 28 anos de vínculo empregatício a estabilidade aumenta para os 24 meses anteriores ao tempo de se completar a aposentadoria pela Previdência Social.
Proposta
A COE vai elaborar uma proposta para enviar ao Itaú sobre a questão do emprego e da remuneração, incluindo os programas próprios. A proposta também vai tratar da retomada das reuniões do GT de Saúde e de questões envolvendo o convênio médico.
Fonte: Contraf-CUT