Sindicatos e BB discutem férias e banco de horas

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEE/BB) se reuniu ontem (14 de abril) com representantes da DIPES (Diretoria de Gestão de Pessoas) e da GEPES (Gerência de Gestão de Pessoas) de todo país, por videoconferência. Na pauta, as medidas adotadas em nome da pandemia do novo coronavírus; entre elas, férias para quem está em quarentena/distanciamento social e banco de horas. A proposta dos representantes dos funcionários é padronizar a aplicação das medidas, evitando assim insegurança, preocupação desnecessária. A diretora do Sindicato, Elisa Ferreira, participou da reunião como representante da Federação dos Bancários de SP e MS na CEE/BB.
Férias: Com base na Medida Provisória 927 do governo federal, a diretoria do Banco do Brasil determinou que 9.937 funcionários entrassem em férias no dia 13 deste mês de abril. Os funcionários enquadrados no chamado grupo de risco durante a pandemia foram “priorizados”, segundo informou os representantes do BB. Ou seja, aqueles que estavam em suas casas à disposição do banco; porém, sem possibilidades de exercer suas atividades profissionais em função da natureza do trabalho ou pela falta de instrumentos, que deveriam ser fornecidos pelo BB. A nefasta MP 927 permite que o empregador antecipe períodos de férias futuros.
Como o aviso de férias deve ser feito com 48h de antecedência e o início não pode ocorrer em véspera de feriado (10 de abril, Sexta-Feira Santa), os dias 7, 8 e 9 “viraram um grande problema”, destaca da diretora Elisa Ferreira. A solução mágica do banco foi impor o uso do Banco de Horas, previamente adquirido, ou os abonos assiduidade (garantidos pelo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho/CCT). A CEE/BB propôs que os citados três dias sejam abonados com o código 478. Aliás, como o próprio BB fazia anteriormente. O banco vai analisar a proposta.
Banco de Horas: O Aditivo à CCT estabelece que a hora negativa deve ser compensada em até seis meses; caso contrário será descontada do salário. Em tempos de COVID-19 , com imposição de quarentena/distanciamento social, o prazo de compensação pode ser tornar curto. Para evitar possíveis aborrecimentos, a CEE/BB solicitou a abertura de negociação sobre o tema.
Proteção: Os representantes do BB informaram que serão fornecidas máscaras aos funcionários, os gestores já podem solicitar a instalação de protetor de acrílico em cada guichê de atendimento e a vacinação contra a gripe começa nesta quarta-feira (15 de abril).
Dados do BB: 36% dos funcionários estão em suas casas (home office); 36% exercem suas funções nos locais de trabalho; e 20% em férias. Os demais, estão cedidos ou licenciados.