O Comando Nacional dos Bancários, que representa os sindicatos, rejeitou o reajuste salarial de apenas 65% da inflação acumulada em dozes meses (1º/09/21 a 31/08/22) proposto pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), durante a décima segunda rodada virtual de negociação da Campanha Nacional, realizada nesta sexta-feira, dia 19 de agosto.
O reajuste rejeitado equivaleria a 5,82% (65% da inflação, estimada pelo Banco Central em 8,95%), segundo cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). E mais: seria aplicado sobre todas as verbas (VA/VR, etc.) e Participação nos Lucros e Resultados).
Opinião: Para a presidente do Sindicato, Stela, que participou da rodada de hoje (19), “na prática, os bancos propuseram redução salarial de 35%. Inaceitável. Os bancos reúnem todas as condições financeiras para repor a inflação e conceder aumento real. Esperamos contraproposta decente de reajuste na rodada desta segunda-feira (22)”.
Lucratividade: No segundo trimestre deste ano, os quatro grandes bancos brasileiros (Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil), lucraram R$ 26,6 bilhões, crescimento de 20,5% em relação ao mesmo período do ano passado. E no primeiro trimestre, os quatro bancos citados mais a Caixa Federal, lucraram R$ 27,6 bilhões, alta média de 15,4% em 12 meses.
Principais reivindicações: Reposição da inflação acumulada no período de 1º de setembro de 2021 a 31 de agosto deste ano (INPC) e aumento real sobre os salários e verbas; aumento maior para o VR e VA; garantia de emprego; maior PLR; fim das metas abusivas; acompanhamento e tratamento de bancários com sequelas da Covid-19 e jornada de quatro dias por semana.
Próxima rodada: Dia 22 de agosto.