Isso porque, apesar da promessa de ser uma ferramenta diferente da antiga GPD, os problemas continuam, principalmente pela forma unilateral de definição de tarefas e período de execução.
Explica-se: empregados ouvidos pelo Sindicato têm como principal queixa o fato de que a distribuição dos objetivos é definida pelos gestores, ainda que a Caixa fale que em acordo com os empregados.
“A orientação da empresa para uso do “Minha Trajetória” deixa claramente expresso que os objetivos sejam pactuados, porém, na prática, o gestor nem sempre permite haja discordância”, conta Gabriel Musso, diretor do Sindicato.
Neste sentido, o Sindicato orienta: primeiramente, que o empregado deixe registrado de forma escrita, por e-mail ou por Teams, a discordância com os objetivos propostos pelo gestor responsável e, preferencialmente, as razões para a discordância, bem como os objetivos propostos pelo empregado.
“O registro da posição do empregado, por escrito, é o passo fundamental para que a sistemática da ferramenta funcione, já que é orientação da empresa que o empregado deve ser parte do processo”, reforça Musso.
No caso do gestor responsável insistir em descumprir a norma que rege a ferramenta, o empregado deve relatar o ocorrido aos canais de denúncia do banco e procurar o sindicato.
Minha trajetória
Anunciado em julho, o Minha Trajetória foi apresentado pela Caixa como uma “virada de página” no programa de gestão de pessoas, com foco no desenvolvimento profissional dos empregados.
O programa substituiu a Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP),criticado, principalmente, por ser uma ferramenta de individualização das metas da agência para cada empregado.